sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Saudade de casa
Quando chegar o fim desse ano eu terei completado 30 anos que deixei de morar em Sobral. Um tempo largo que nunca foi o bastante pra que eu deixasse de gostar dali, de onde guardo lembranças definitivas na minha vida, onde aprendi a ser um cara muito ligado nas coisinhas simples da vida e a partir delas desejar coisas aparetemente impossiveis e até fora da ordem, mas eu as quero pra mim e pra maioria.
Amanhã cedo vou pegar o caminho da minha cidade, encontrar com minha família -teremos algumas comemorações entre nós -, rever amigos queridos, encarar o calorzinho já conhecido e aliviar com o "Aracati", sentado ao redor do papai e da mamãe, na porta de casa.
Pois é, bateu uma nostalgia danada e por isso eu quis escutar a Divina Comédia Humana, do Belchior.
Partido da Oposição
No final de setembro o estrategista da campanha do Barack Obama teve uma conversa com um mandachuva da Fox, que nos Estados Unidos faz o papel da Globo e ataca o governante americano de todo jeito. A direitona de lá chega a dizer que o Obama não é americano legítimo, que deveria voltar pro Quênia e elegeu o arremedo de SUS que o governo tá propondo como alvo preferido dos ataques. Pois bem, a conversa de que falei antes era pra tratar da decisão do Obama de considerar o grupo empresarial de mídia do Robert Murdoch, que além da Fox inclui ainda o Wall Street Journal e outros, como "parte ativa da oposição". O que isso significa? Oposição é oposição, e portanto num deve ter direito a tratamento igual ao que se dá a "imprensa normal", ou "imparcial" (coisa que a gente sabe que não existe, mas faz de conta que acredita). A prosa não deu muito resultado e segue por lá a ação desesperada dos republicanos que foram apeados do governo há quase um ano.
Pois bem, recentemente parte da mídia brasileira também apelou. A Míriam Leitão (Globo) e a Dora Kramer (Estadão) deixaram de bater no Lula e seu governo pra raclamar da incompetência da oposição demotucana por não atacar pra valer. Aliás, pras duas a oposição chega a ser até conivente com o governo. A Leitão, num artigo intilado "O papel da oposição" da as orientações de como a moçada lá deveria agir e chega a dizer que no Brasil "tem governo demais e oposição de menos". Já a Kramer chama a oposição de covarde e diz o seguinte: "o que espanta já não é mais o que Lula faz. O que assusta é o que deixam que ele faça. E pelas piores razões: uns por oportunismo deslavado, outros por medo de um fantasma chamado popularidade, que assombra — mas, sobretudo, enfraquece — todo o país".
Pois bem, recentemente parte da mídia brasileira também apelou. A Míriam Leitão (Globo) e a Dora Kramer (Estadão) deixaram de bater no Lula e seu governo pra raclamar da incompetência da oposição demotucana por não atacar pra valer. Aliás, pras duas a oposição chega a ser até conivente com o governo. A Leitão, num artigo intilado "O papel da oposição" da as orientações de como a moçada lá deveria agir e chega a dizer que no Brasil "tem governo demais e oposição de menos". Já a Kramer chama a oposição de covarde e diz o seguinte: "o que espanta já não é mais o que Lula faz. O que assusta é o que deixam que ele faça. E pelas piores razões: uns por oportunismo deslavado, outros por medo de um fantasma chamado popularidade, que assombra — mas, sobretudo, enfraquece — todo o país".
Pois é, e aí? Essa turma tá querendo o que mesmo? Isso tudo é nome do chamado "papel fiscalizador" da imprensa? Em nome dos interesses do país e do bem estar do povo? Em nome desse aqui elas não falam porque mais de 80% aprova o governo. E se há coincindência entre os interesses do povo e do pais, em nome de que interesses essa senhoras falam? Pra mim elas orientam, ou tentam orientar, a oposição - tarefa difícil, pois como diz o Messias Pontes, os caras tão é birutas - e também tentam criar um sentimento de oposição no meio da população.
E se isso fosse lá com Obama? E se o Lula fizesse o mesmo que o Obama carimbando a Globo, a Veja, a Folha de São Paulo e outros tais como "parte ativa da oposição" como é que a coisa ficava? Aliás o Paulo Henrique Amorim já definiu essa turma como Partido da Oposição Golpista, o PIG. Eu já andei por dizendo por aqui que não acredito em imprensa imparcial, que isso é lorata total e não vejo nenhum problema que os meios de comunicação editorializem sua linha política. Assim a população ia saber mesmo quem é quem. Pois eu acho que a isa deveria ser assim mesmo. E vamos pra disputa de opinião, quem ganhar leva. Quem encara?
Guilherme ligado
Sempre que levo o Guilherme pro colégio passamos por uma esquina de Fortaleza onde um catador de lixo pede esmola. Pra sensibilizar mais possiveis doadores o distinto bota toda família pra dentro do seu carrinho. Hoje soltei um comentário e meu filho mostrou que não perde uma.
- Acho que esse cara apela demais ao fazer isso com o família dele.
- É o marketing dele, pai!
- Acho que esse cara apela demais ao fazer isso com o família dele.
- É o marketing dele, pai!
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Uma riqueza do meu grande pai
Houve um tempo em que eu e meu pai tínhamos um diálogo muito difícil, nossas divergências brotavam muito facilmente e eu até evitava de ir mais à Sobral. Um certo dia eu acabei externando minha preocupação num cartão que deixei no quarto dele lá em Sobral. Pra minha feliz surpresa ele me respondeu com uma bela carta que eu nem lembrava mais onde andava mas a reencontrei recentemente enquanto arrumava uma montanha de coisas que guardei ao longo da vida.
Desde que a "achei" nem sei quantas vezes eu a li, cheio de emoção, de muito carinho e respeito por meu pai e sua sabedoria. Sou-lhe muito grato por ser esse cara assim, com que eu tenho a possibilidade de trocar ideias, de amadurecer, de divergir muito e até bater boca, mas sei que jamais nos faltará um amor infinito e a convicção de que temos um papel a cumprir aqui mesmo, onde ele chama de "paraíso". No fim, somos diferentes, mas muito iguais também, e é assim que quero ser com meu filho Guilherme.
Eu quero então compartilhar com você um grande riqueza do meu pai, que é ser um grande pai.
Meu caro filho Inácio:
Fiquei muito contente com o seu cartão; tão contente que renovo o ímpeto para tecer comentários sobre os problemas que v. aborda e nós, ambos, sofremos.
Em primeiro lugar, devo dizer-lhe que não me perturba a evidência de que os nossos caminhos serão diferentes. O importante é que v. e eu nos esforcemos para atingirmos um patamar de mútua compreensão, ante as exigências irrevogáveis da vida prática. Eu sei que os caminhos transitados pelo meu pai não foram iguais aos caminhos do pai dele, como sei que os caminhos dos meus filhos não seguirão as minhas pegadas. Neste aspecto, o fundamental, mormente para as pessoas do seu nível intelectual e ético, é a plena compreensão do momento histórico (todos os momentos são históricos) que vivemos, para que não nos frustremos batendo a cabeça no muro ou tentando parar o trem com o braço estendido.
Aprendi, com certo alarme e dor, que para alcançar nossos intentos de felicidade, temos que ceder suficientemente ante as imposições da comunidade, do comum dos homens, compatibilizando o nosso querer com as regras essenciais, ao mesmo passo que devemos reter alguns esforço para batalhar contra os maldosos, os bobos, os arbitrários, os donos da vida e do mundo, de tal forma que ao final do processo apresentemos alguns êxitos e vitórias para melhorar a civilização.
A meu ver tudo tem que caminhar nos prazos da história, cujos passos são as nossas gerações, e não adianta querer queimar etapas, sob pena de pagar com a própria cabeça, arruinando a vida bela e feliz que almejamos, e, de contra peso, ceder aos “farizeus”.
Por exemplo: sua mãe e eu temos lutado para construir um núcleo de pessoas ajustadas, humildes e competentes, de espírito aberto para receber e usar a colaboração de outros, fazendo o mundo melhor do que ele era quaundo nós a ele chegamos.
Este nosso propósito, que não é escrito nem formal, apenas resultado espontâneo da nossa aspiração de felicidade está dando certo.
Aqui estão vivendo e lutando e amando conosco, o Francisco, o Veveu, a Ciana e a Hildinha. Ao que nos parece todos felizes e realizando as aspirações de sua indidualidade.
Imagine, então, como seremos fortes e felizes, se o Inácio, a Ana Paula, a Maria do Carmo e o Luciano Filho fortalecerem a nossa corrente e nos tornamos aquela família que todos os pais estão sonhando.
Bom, o final é muito fácil.
Basta que o tempo, a experiência, e, sobretudo o amor dos que lhe amam, façam-lhe compreender que o “paraíso” somos nós, entendendo uns aos outros e aberto para tudos.
Um grande abraço do
seu pai
Luciano Arruda
Desde que a "achei" nem sei quantas vezes eu a li, cheio de emoção, de muito carinho e respeito por meu pai e sua sabedoria. Sou-lhe muito grato por ser esse cara assim, com que eu tenho a possibilidade de trocar ideias, de amadurecer, de divergir muito e até bater boca, mas sei que jamais nos faltará um amor infinito e a convicção de que temos um papel a cumprir aqui mesmo, onde ele chama de "paraíso". No fim, somos diferentes, mas muito iguais também, e é assim que quero ser com meu filho Guilherme.
Eu quero então compartilhar com você um grande riqueza do meu pai, que é ser um grande pai.
Meu caro filho Inácio:
Fiquei muito contente com o seu cartão; tão contente que renovo o ímpeto para tecer comentários sobre os problemas que v. aborda e nós, ambos, sofremos.
Em primeiro lugar, devo dizer-lhe que não me perturba a evidência de que os nossos caminhos serão diferentes. O importante é que v. e eu nos esforcemos para atingirmos um patamar de mútua compreensão, ante as exigências irrevogáveis da vida prática. Eu sei que os caminhos transitados pelo meu pai não foram iguais aos caminhos do pai dele, como sei que os caminhos dos meus filhos não seguirão as minhas pegadas. Neste aspecto, o fundamental, mormente para as pessoas do seu nível intelectual e ético, é a plena compreensão do momento histórico (todos os momentos são históricos) que vivemos, para que não nos frustremos batendo a cabeça no muro ou tentando parar o trem com o braço estendido.
Aprendi, com certo alarme e dor, que para alcançar nossos intentos de felicidade, temos que ceder suficientemente ante as imposições da comunidade, do comum dos homens, compatibilizando o nosso querer com as regras essenciais, ao mesmo passo que devemos reter alguns esforço para batalhar contra os maldosos, os bobos, os arbitrários, os donos da vida e do mundo, de tal forma que ao final do processo apresentemos alguns êxitos e vitórias para melhorar a civilização.
A meu ver tudo tem que caminhar nos prazos da história, cujos passos são as nossas gerações, e não adianta querer queimar etapas, sob pena de pagar com a própria cabeça, arruinando a vida bela e feliz que almejamos, e, de contra peso, ceder aos “farizeus”.
Por exemplo: sua mãe e eu temos lutado para construir um núcleo de pessoas ajustadas, humildes e competentes, de espírito aberto para receber e usar a colaboração de outros, fazendo o mundo melhor do que ele era quaundo nós a ele chegamos.
Este nosso propósito, que não é escrito nem formal, apenas resultado espontâneo da nossa aspiração de felicidade está dando certo.
Aqui estão vivendo e lutando e amando conosco, o Francisco, o Veveu, a Ciana e a Hildinha. Ao que nos parece todos felizes e realizando as aspirações de sua indidualidade.
Imagine, então, como seremos fortes e felizes, se o Inácio, a Ana Paula, a Maria do Carmo e o Luciano Filho fortalecerem a nossa corrente e nos tornamos aquela família que todos os pais estão sonhando.
Bom, o final é muito fácil.
Basta que o tempo, a experiência, e, sobretudo o amor dos que lhe amam, façam-lhe compreender que o “paraíso” somos nós, entendendo uns aos outros e aberto para tudos.
Um grande abraço do
seu pai
Luciano Arruda
Leca e seu finíssimo humor
Se tem uma coisa que eu entendo bastante é de timidez. Tem gente que pensa diferente sobre mim, mas o Leca, que é como também é chamado o Alexandre, filho segundo da minha irmã Ciana, sabe do que eu tô falando. Quem o vê aí dançando na foto, junto com o primo André, o tio Ducito e o irmão Rodrigo, nem imagina que é preciso um bom esforço pra descontrair. Em compensação ninguém queira ser alvo do seu humor poderossímo. O Leca é daqueles que ficam ali calados, acompanhando a cena toda, mas quando solta um comentário pode desmontar qualquer cabra que se acha o mais seguro do mundo. É uma certa defesa, mas também faz dele um cabra muito legal, com uma enorme presença de espírito e muito querido.
Eu deveria ter mandado um abraço de felicidades pra ele no domingo e num deu mesmo. Mas ele deve saber que foi muito lembrado lá na casa do Ducito, quando nos reunimos os quatro irmãos (Ducito, Veveu, Luciano e eu), filhos e sobrinhos prum almoço bem descontraído.
Parabéns, Alexandre, cuide bem do sorriso do povo, certo?
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Reencontro
Umas pessoas queridas cobraram a falta de novidades por aqui e eu só dizia que tava sem condições de postar nada por muitas razões. Uma das razões mais fortes foi o meu completo envolvimento nas homenagens que foram prestadas ao Bergson Gurjão , o que me deixou totalmente sem tempo. Como eu acabei não falando nada sobre o assunto neste blog trago aqui o único registro do reencontro de Dona Luiza Gurjão e sua família com aquele bravo brasileiro, um "herói que o Ceará deu ao Brasil".
domingo, 4 de outubro de 2009
Gracias a la vida por nos ter dado seu canto
Em 1982 fui pela primeira vez à São Paulo para participar do Encontro Nacional de Direito e logo ao chegar no alojamento na PUC vi que naquela noite haveria uma apresentação de três grandes cantoras no Festival Internacional da Mulher, promovido pela Ruth Escobar. Vivi a enorme emoção de assistir numa mesma ocasião Leny Andrade, Clementina de Jesus e Mercedes Sosa. Neste momento estou na Conferência Estadual do PCdoB e ao chegar recebi a triste notícia da morte daquela que cantou e fez ecoar mundo a fora a luta pela liberdade na América Latina. Tinha de ser ela, uma mulher, uma brava mulher, uma mãe acolhedora, assim como sua América querida. Tenho a convicção de que Mercedes morreu feliz por ter vivido o suficiente para ver o fim das ditaduras que grassaram nessa parte do mundo e a obrigaram se exilar na Europa. E mais, por aqui nos livramos das ditaduras e agora conquistamos governos democráticos e progressitas. Ela dizia que nasceu para cantar, mas não foi uma cantora qualquer porque cantou justamente em busca dessa América Latina que vivemos hoje e que ainda luta para consolidar e avançar nas conquistas. É por isso que, ao invés de trazer pra cá a belíssima Gracias a la Vida, recomendo que você assista Canción con Todos, um hino do nosso continente cheio de esperança.
Canción Con Todos
(Armando Tejada Gómez Y César Isella)
Salgo a caminar
Por la cintura cósmica del sur
Piso en la región
Más vegetal del tiempo y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de América en mi piel
Y anda en mi sangre un río
Que libera en mi vozSu caudal.
Sol de alto Perú
Rostro Bolivia, estaño y soledad
Un verde Brasil besa a mi Chile
Cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña América y total
Pura raíz de un grito
Destinado a crecer
Y a estallar.
Todas las voces, todas
Todas las manos, todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento.
¡Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz!
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Rio 2016: sim, nós podemos
O Brasil viu a realização, nesta sexta-feira, 2 de outubro, de um sonho de mais de 20 anos: o sonho olímpico. A cidade do Rio de Janeiro será a sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Os jogos da paz, da confraternização universal, terão, pela primeira vez, uma cidade da América do Sul como sede. A escolha do Rio não é uma conquista apenas dos brasileiros, mas um reconhecimento de que os países pobres e em desenvolvimento podem sediar grandes eventos.
O bordão "sim, podemos", com o qual Barack Obama marcou sua vitoriosa campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos, agora foi entoado pelo presidente Lula durante a defesa do Brasil em Copenhague.
Reconhecimentos justos são importantes, e nessa hora de grande júbilo para o povo brasileiro, não se pode deixar de reconhecer que essa conquista coroa um trabalho árduo para que o Brasil pudesse apresentar uma candidatura competitiva. Os atuais governos do Rio, tanto da cidade quanto do estado, o Comitê Olímpico Brasileiro, as federações esportivas, atletas, personalidades, empresários e, especialmente, o Ministério do Esporte, comandando pelo jovem ministro comunista Orlando Silva e sua equipe, merecem todas as congratulações.
O presidente Lula também foi um ator importantíssimo, senão o mais destacado, desta boa briga pelo direito de sediar a Olimpíada. Lula empenhou-se pessoalmente na conquista de votos dos membros do Comitê Olímpico Internacional. Colocou todos os ministérios para ajudar neste esforço. O próprio Itamaraty mergulhou de corpo e alma neste desafio. Até mesmo uma parte da mídia grande, sobretudo a Rede Globo, que nos últimos anos tem se dedicado a atacar qualquer iniciativa do governo Lula, desta vez deu as mãos aos brasileiros para formar a corrente que redundou na vitória da candidatura brasileira.
Nem podia ser diferente. Pesquisa do Comitê Olímpico mostra que 85% dos cariocas aprovam a candidatura do Rio. Os outros 15% que a desaprovam --não é difícil imaginar, deve estar concentrada na mesma elite mesquinha que sente-se alijada do poder e alimenta o já caduco "complexo de vira-lata" que já não tem mais lugar num país que a cada dia se afirma como uma grande nação disposta a cumprir o presságio popular de que somos, sim, o país do futuro. São derrotistas que agora irão roer unhas e apontar uma série de obstáculos para que o Brasil possa cumprir o projeto que defendeu em Copenhague.
Mas enquanto esses derrotistas isolados lambem suas feridas, o Brasil inteiro comemora. Passada a comemoração, é mão à obra para cuidar, desde já, dos preparativos para 2016. Parte do esforço será antecipado para a realização da Copa do Mundo que iremos sediar em 2014. Mas há muita coisa para ser feita. E não será obra de um só governo, nem apenas do setor público. O desafio de fazer o Rio brilhar em 2016 é de todos os setores. O Brasil inteiro vai entrar no jogo.
Como bem registrou o ministro Orlando Silva, é um jogo que vai trazer desenvolvimento, emprego e renda, com impactos positivos em todo o País. E os jogos de 2016 vão mostrar ao mundo um País moderno, democrático, dinâmico e empreendedor. É isso que a nação espera. É para isso que iremos trabalhar. Parabéns Brasil.
(Editorial do Portal Vermelho)
O bordão "sim, podemos", com o qual Barack Obama marcou sua vitoriosa campanha eleitoral para a presidência dos Estados Unidos, agora foi entoado pelo presidente Lula durante a defesa do Brasil em Copenhague.
Reconhecimentos justos são importantes, e nessa hora de grande júbilo para o povo brasileiro, não se pode deixar de reconhecer que essa conquista coroa um trabalho árduo para que o Brasil pudesse apresentar uma candidatura competitiva. Os atuais governos do Rio, tanto da cidade quanto do estado, o Comitê Olímpico Brasileiro, as federações esportivas, atletas, personalidades, empresários e, especialmente, o Ministério do Esporte, comandando pelo jovem ministro comunista Orlando Silva e sua equipe, merecem todas as congratulações.
O presidente Lula também foi um ator importantíssimo, senão o mais destacado, desta boa briga pelo direito de sediar a Olimpíada. Lula empenhou-se pessoalmente na conquista de votos dos membros do Comitê Olímpico Internacional. Colocou todos os ministérios para ajudar neste esforço. O próprio Itamaraty mergulhou de corpo e alma neste desafio. Até mesmo uma parte da mídia grande, sobretudo a Rede Globo, que nos últimos anos tem se dedicado a atacar qualquer iniciativa do governo Lula, desta vez deu as mãos aos brasileiros para formar a corrente que redundou na vitória da candidatura brasileira.
Nem podia ser diferente. Pesquisa do Comitê Olímpico mostra que 85% dos cariocas aprovam a candidatura do Rio. Os outros 15% que a desaprovam --não é difícil imaginar, deve estar concentrada na mesma elite mesquinha que sente-se alijada do poder e alimenta o já caduco "complexo de vira-lata" que já não tem mais lugar num país que a cada dia se afirma como uma grande nação disposta a cumprir o presságio popular de que somos, sim, o país do futuro. São derrotistas que agora irão roer unhas e apontar uma série de obstáculos para que o Brasil possa cumprir o projeto que defendeu em Copenhague.
Mas enquanto esses derrotistas isolados lambem suas feridas, o Brasil inteiro comemora. Passada a comemoração, é mão à obra para cuidar, desde já, dos preparativos para 2016. Parte do esforço será antecipado para a realização da Copa do Mundo que iremos sediar em 2014. Mas há muita coisa para ser feita. E não será obra de um só governo, nem apenas do setor público. O desafio de fazer o Rio brilhar em 2016 é de todos os setores. O Brasil inteiro vai entrar no jogo.
Como bem registrou o ministro Orlando Silva, é um jogo que vai trazer desenvolvimento, emprego e renda, com impactos positivos em todo o País. E os jogos de 2016 vão mostrar ao mundo um País moderno, democrático, dinâmico e empreendedor. É isso que a nação espera. É para isso que iremos trabalhar. Parabéns Brasil.
(Editorial do Portal Vermelho)
Assinar:
Postagens (Atom)