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"Algo está definitivamente errado aqui..." |
"Qualquer que seja a saída para o impasse, a situação da economia continuará crítica nos EUA, na Europa e, por extensão, no mundo. A tesoura sobre os gastos públicos num momento de alto desemprego e estagnação da produção nos dois lados do Atlântico vai alimentar a crise, impedir a recuperação e, quem sabe, jogar o mundo numa nova recessão. Sem a possibilidade de recorrer ao déficit fiscal para estimular a economia, é bem provável que o Federal Reserve retome a política de emissões, jogando mais lenha no fogo da guerra cambial e da inflação.
A crise surpreende muitos observadores, assume uma aparência surrealista e arranha a reputação dos títulos do Tesouro norte-americano, até ontem considerados como os mais seguros do mundo.
O tamanho dos débitos que assustam o mundo reflete o crescente parasitismo dos EUA, que será forçado a restringir o consumismo, e evidencia a irracionalidade da atual ordem econômica internacional, fundada na liderança estadunidense e no padrão dólar.
Seria muito bom para a humanidade se o déficit fosse reduzido com um corte profundo das despesas militares, o fim das guerras imperialistas no Oriente Médio e a retirada das bases (mais de 800) que o império mantém pelo mundo. Mas não é isto que está no horizonte sombrio da economia política internacional".
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