quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Férias, saudade e corujice

Eu até tinha pensado em não blogar mais este ano e deixar esse cartão de avô/pai/filho-neto ali debaixo até o início do ano que vem, mas enquanto circulava com minha querida Fernanda pela Vila Madalena, em São Paulo, a caminho da Livraria da Vila, recebi por celular essa foto do Guilherme, junto com Joãozinho, seu primo mais jovem. Eles estavam na praia, em companhia do Luciano Filho, meu irmão, e da Claudine, minha cunhada, de onde o Gui havia me ligado pra matar saudades e perguntar se eu já havia achado as revistas do Asterix pra completar a coleção que ele descobriu lá em casa e já releu umas cinco vezes. Minha felicidade em "revê-lo" foi tanta que resolvi quebrar minha jura e expressá-la, compartilhando-a com você, se não achar ruim. Aqui todo mundo sabe desse meu corujismo que só aumenta com a tanta quilometrância do meu filho. Tô cuidando de aproveitar da melhor forma esses dias de folga, mas ô saudade danada! Por isso já cuidei de comprar os livros paradidáticos do Guilherme, completei quase toda a coleção do Asterix e ainda vou procurar as outras revistas na semana que vem. E isso a menos de dois dias sem ver o meu filhote.

Bom, jura quebrada, faço outra de só pintar por aqui no ano que vem. Amanhã vou prum sítio no Vale Verde, em Valinhos, por onde chegarei a doismilidez. Até mais ...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Saber o que diz

"É o testemunho da coragem, da generosidade e dignidade de uma geração. Quem viveu aquele tempo é capaz de compreender com razão, memória e coração. É sempre doloroso lembrar de todos que foram para a cadeia e de todos que foram de uma forma ou de outra barbaramente torturados. Muitas vezes tiraram dessas pessoas a dignidade e muitas vezes a vida" Dilma Roussef sobre os que enfrentaram a ditadura militar.

Cada amigo...

O jornalista Rogaciano Leite Filho era um desses caras que passaram pela vida com muita pressa e com uma intensidade muito maior. Escreveu muito e também deixou muitas histórias nessa vida. A coluna Em Off, do jornal O POVO, marcou época na cidade e quando num era ele que aperreava o juízo de muita gente, arrumava um pra substituí-lo à altura.

No começo de 1992 dois amigos meus resolveram usar a Em Off pra tirar um sarro. O João Carlos Moura flagrou minha concentração numa reunião preparatória da ECO-92 lá no anfiteatro da Faculdade de Direito e o Tarcísio Matos, substituindo o "Roga", ilustrou a coluna com a foto devidamente titulada e legendada. E esses são os meu amigos....

sábado, 19 de dezembro de 2009

Caldera, pra lembrar e nunca esquecer



O disco Geraes, do Milton Nascimento, é das melhores coisas que existem na música brasileira. Só tem gente boa acompanhando o Bituca e num tem uma música ruim. Entre as músicas incríveis tá Caldera, do chileno Nelson Araya, que acabei conhecendo quando ele morou em Fortaleza no início dos anos 80. Araya integrou o grupo Agua , que gravou com muita gente boa aqui no Brasil. A música homenageia os trabalhadores do porto da cidade chilena de Caldera, que ousaram enfrentar a ditadura do Pinochet. Além desta, o Agua tem muitas outras belas canções como El Colibri e La Luna Llena, com as quais embalei minha juventude de luta e amor.

Julieta fala por si



Julieta Palmeira é uma baiana muito distinta, médica, mulher de luta e há muito tempo conduz o trabalho de comunicação do PCdoB na Bahia. Julieta, além de muito segura de sua convicação transformadora, é também uma pessoa de mente muito aberta, que gosta muito de cinema e música. Ela também não é de levar desaforo pra casa, mas é também uma pessoa muito carinhosa, uma amiga fiel e muito bem humorada. Por essas e outras razões sugeri ao pessoal da TV UMLAW que a entrevistasse. Veja aí essa pessoa do meu bem querer.

Amizade faz bem

Um coisa muito legal da CONFECOM, além das muitas vitórias obtidas, foi a construção de muitas amizades. Ali troquei ideias com muita gente, de todos os segmentos presentes. Nem precisa que concordassem com o que penso, bastava ter abertura pra uma boa conversa e eu já tava proseando. Fosse nos grupos de trabalho, na plenária, nas tantas filas que existiam pra tudo (credenciamento, refeições, entrar ou sair do plenário, pegar uma água no bebedouro, comprar um cafezinho,etc), no ônibus que nos levava pro centro de convenções ou nos tantos espaços que juntavam gente de todo jeito.

Daqui do Ceará foi uma turma muito legal, tanto entre nós da sociedade civil, como também entre os delegados do poder público e mesmo entre os empresários. Neste segmento havia inclusive pessoas que eu já conhecia há muito tempo e que num tem nada de empresário, mas é funcionário e a empresa botou o cara pra ir lá representá-lo e defender os interesses dela. É isso mesmo, a maioria dos delegados do segmento empresarial não era empresário e sim funcionário. Bom, mas vamos em frente que o assunto aqui é amizade, coisa boa demais nessa vida. Pois bem, mas entre os que foram daqui tinha essa turma aí da foto, que guarda entre si além daamizade a sintonia política porque a gente compunha a bancada do Portal Vermelho e somos filiados ao PCdoB. Nilson, Dona Teresa e Ivina, gente querida demais.

Um vitória pra degustar devagar

Dois dias depois de encerrada a 1ª Conferência Nacional de Comunicação parace que ainda "não caiu totalmente a ficha" da grande vitória que foi a sua realização e as conquistas ali obtidas. Ainda bem que o fim de semana pode permitir que a cabeça mais quieta, sem tensão dos quatro dias intensos da conferência, reflita o quanto ainda vamos ter que refletir sobre os resultados de tudo que foi feito ao longo de 2009 para garanti a realização da CONFECOM.

Foi uma daquelas vitórias suadas, que nos consumiu o ano todo de trabalho (sem falar os anos "pratrasmente" pra conseguir a convocação), muito debate, muita negociação, muita dedicação e, como eu sempre fazia questão de dizer, muita habilidade política para chegarmos até o fim. Depois de tudo isso, no dia da abertura, com todo mundo em Brasília, corremos o risco do fiasco por conta da tentativa dos empresários de mudar todas as regras. E o pior é que teve gente que, apesar das boas intensões, não teve tranquilidade suficiente para "segurar as pontas" e quase foi tudo pro beleléu. Uma plenária dos movimentos sociais, na noite de segunda feira, quase rachou tudo e ameaçou a unidade dos que desejam mudanças na comunicação do Brasil. Felizmente o juízo baixou em algumas cabeças e as negociações noite adentro juntaram os cacos espalhados por tudo que é canto, como lembrou o Miro Borges.

Mas isso não foi o suficiente pra reduzir o enorme trabalho que nos esperava pros 3 dias que ainda tínhamos pela frente. Felizmente valeu a pena e o resultado foi bem legal. Nesse vídeo abaixo tem a opinião de gente que há muito tempo tá nessa batalha e saiu da CONFECOM muito feliz. Dê uma espiadinha.




Se você quiser saber quais as principais bandeiras aprovadas na CONFECOM dê uma clicada bem aqui.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Corujismo


Quem anda por aqui sabe que sou pai coruja, mas se me chamarem de filho coruja, irmão coruja, tio coruja e até amigo coruja, num vai se enganar e eu até fico feliz. Gosto mesmo das pessoas chegadas e sempre reafirmo esse bem querer.

Como tio coruja que sou, paparico tudo que é sobrinho e ainda tem o sobrinho neto, o Ernesto, que é um cara danado de simpático. Sendo assim arrumei cinco minutinhos aqui pra atender ao reclamo da Clarinha, minha sobrinha, na postagem anterior e postar esse vídeo feito pela turma do meu sobrinho Gabriel, filho da Nampaula e do Fernando, que por sinal terá em breve um texto dele publicado aqui.

O vídeo é um trabalho escolar muito legal. Curta e comente.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Coisas do Brasil



Hoje se comemora o Dia Nacional do Samba e todo mundo tá lembrando duma música, fazendo sua homenagem e eu também quero me meter nesse pagote também. Só que eu acho que além do samba e outros elementos fundametais da cultura brasileira, devemos presevar também o futebol talentoso, antes que a geração pragmática, que se satisfaz com qualquer um a zero e um jogo sacal e feio, acabe de vez com a alegria do povo. Parabéns ao samba e aos sambistas dos gramados.

Cordel do Arruda

Contra o Arruda, arruda na orelha
Raimundo Nonato Silva

O José Roberto Arruda
Pego com a mão na massa
Seria o vice de Serra,
Que é uma outra desgraça
Se a coisa continuar
Vai faltar DEMO na praça.

Arruda pra quem não lembra
É aquele que foi flagrado
Com o canalha ACM
No episódio lembrado
Por todos como a fraude
Do tal "painel do senado”.

Ele na época era líder
Do governo FHC
Que comprou os deputados
Para se reeleger
Renunciou entre prantos
Pra ninguém o prender.

Era o P S D B
O seu partido de então,
Parceiro de Sérgio Naia
E outros éticos de então
Foi para o P F L
Recebeu uma promoção.

Saiu na revista Veja
Nas tais páginas amarelas
Mas para sair ali
Desembolsa a bagatela
De 400 mil mangos
Pra revista “Zé ruela”.

Explico: ele comprou
Sem qualquer licitação
400 mil da Abril
E daí a rasgação
De seda da tal revista
Para o político ladrão.

Agora o tal Arruda
Esperneia, baba, mija
Só porque foi apanhado
Com a boca na botija
Aponta pra José Serra
Diz: Careca não se aflija.

José Serra que também
Não é flor pra se cheirar
Haja vista o Roubo-Anel,
No povão a desabar
E o buraco do metrô
Sobre o qual não quer falar.

Não esqueça Yeda Crusius,
A raposa lá do sul
Protegida pela mídia
Que enxerga tudo azul
Enquanto o Rio Grande afunda
Num asqueroso Paul.

Arruda já prometeu
Dizer tudo o que ele sabe
Já disse que enviou
Bufunfa para o Kassab
E que o Roberto Freire
Disso também não se gabe.

No Distrito Federal
Diretora de uma empresa
Acusa Augusto Carvalho
De tomar parte em torpeza
Secretário de saúde
Do PPS é certeza.

Segundo essa diretora,
O montante desviado
Em parte a Roberto Freire
Era na hora enviado.
Grana do propinoduto
Por Arruda instalado.

O tal Durval que está
Até o pescoço imerso
Já responde na justiça
A mais de trinta processos
É o grande articulador
De um esquema tão perverso.

Cadê Agripino Maia
Refugo da ditadura?
Cadê Heráclito Fortes
Tão hedionda figura?
É o boca de sovaco
A mais feia criatura.

Esse Heráclito é chegado
Também a fazer trambique
Por funcionária fantasma
No seu gabinete chique
Tinha a filha do déspota
Maior, o Fernando Henrique.

Agora o caldo entornou
Mesmo com a mídia comprada
Arruda será cassado
E com arma disparada
Levará para o abismo
Toda a quadrilha montada.

Roberto Freire, Zé Serra
Heráclito e Agripino
Kassab e outras moléstias
Terão o mesmo destino
E o Brasil ficará livre
Desse grupo tão ferino.