sábado, 31 de janeiro de 2009

"E o salário, ó!"

No dia 18 de janeiro o jornal O Estado de São Paulo publicou uma excelente entrevista do Chico Anysio. Ele rasga o verbo, fala de como a Globoo tirou do ar, mas ainda o mantém preso a uma contrato que lhe impõe algumas limitações, fala algumas coisas sobre sua vida pessoal e seu projetos pro futuro. Vale a pena ler todinha.

A minha época também é hoje', diz Chico Anysio



Sem saudosismo, o humorista fala sobre a carreira e as divergências com a Rede Globo


Este ano, Chico Anysio celebra quatro décadas na TV Globo. No entanto, embora continue sendo reverenciado pelo público brasileiro e os colegas por seus mais de 200 personagens, não parece haver motivo para festa. Aos "77 anos e três quartos", o humorista não está parado: tem show de esquetes em cartaz no Rio até fevereiro, é visto no cinema no blockbuster Se Eu Fosse Você 2 e coleciona projetos, os mais variados, entre livros, uma novela para a Globo e um programa de rádio. Mas desde 2002 não tem programa próprio (só fez participações especiais).

"Até hoje, em qualquer lugar do Brasil, as pessoas reclamam a minha ausência. Isso me ajuda a encarar essa geladeira", diz Chico. Sua voz tem um traço de amargura; seu discurso, também. Só que ele não se faz de coitado, preferindo olhar para a frente. Senta-se ao computador todos os dias e escreve sem parar. Também é diária a ida à academia do fisioterapeuta, onde a briga é contra o enfisema pulmonar, diagnosticado há 24 anos (fumou por 40). Nos fins de semana, diverte-se com os netinhos na piscina de seu condomínio, na Barra da Tijuca. A pintura ele parou momentaneamente, por falta de espaço em casa.

Bom de papo, Chico recebeu o Estado para uma conversa de duas horas na quarta-feira, no apartamento em que vive com Malga, sua sexta mulher, e dois cachorros. Sorri muito, comenta algumas "pequenas vitórias", como a falta de manchas senis nos braços e mãos e o fato de já conseguir caminhar 35 minutos na esteira. "Estou muito feliz com meu enfisema. Pelo tanto que eu fumei (mais de três maços por dia), poderia ter tido um câncer facilmente."

Agora leia a entrevista dando um clic bem aqui



A edição de dezembro.2008, da revista Rolling Stone brasileira também entrevistou do Chico, mas é uma pena que a versão on line da revista não tenha disponibilzado toda, porém dá pra ler o que tá disponível clicando aqui.

Atrapalhando o preconceito




Na mesma edição em que li a entrevista do Chico Anísio, também tem uma do Renato Aragão, bem menos interessante, mas tem uma parte interessante em que ele fala sobre o crescimento da aceitação do Trapalhões. É muito interessante o que ele diz sobre o preconceito que havia contra eles e por isso resovi reproduzir aqui esse trecho:

Seu humor sempre foi muito criticado, não?

Sempre, mas quanto mais a crítica batia, mais ela se esquecia de conferir as bilheterias. Isso foi desde sempre. Quando eu tava na TV Tupi, fazendo sucesso, que nós batíamos a audiência da Globo, do Fantástico, em 1974, a crítica batia dizendo que fazíamos "humor indigente". Aí, eu vim pra Globo e estavam todos os jornalista de smoking na nossa estréia. Sabe o que saiu nos jornais? "Tão bom como era antes"! Aí o programa começou a dar 80% no Ibope e o cara dizia: "Renato, eu tava passando no quarto da empregada e vi seu programa!" Eu falava: " Pô, o que vocês tão fazendo no quarto da empregada? Vão assistir na sala!" Depois intelectuais como Carlos Drummond de Andrade, Caetano Veloso e outros começaram a dizer que adoravam Os Trapalhões e todo mundo começou a assistir na sala. O preconceito é muito grande".

Se você tiver a fim de ler o que a revista disponibilzou na internet é só clicar bem aqui.


Uma coisa que pouca gente sabe é que o autor da inconfundível trilha sonora da abertura do programa Os Trapalhões é também cearense e trata-se do maestro Zé Meneses, nascido lá em Jardim e que recentemente fez uma apresentação em Fortaleza.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Rindo com Camões


"As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;"

O oito versos acima, são os primeiros da primeira das 1.102 estrofes do poema épico, Os Lusiadas, de Camões é considerado o mais importante da língua portuguesa. Uma obra clássica, que sempre pode sofrer variações, como as que o humorista Zé Vasconcellos fez ao interpretar justamente esse tracho aí em português lusitano, francês, inglês britânico, italiano e espanhol arrrrentino. Vale a pena conferir e rir à vontade.

Brasileiro exemplar


Eu também quero me juntar aos que torcem pela recuperação do vice-presidente José Alencar, que há mais de 10 anos enfrenta um câncer persistente, mas não lhe falta disposição e otimismo. Nem mesmo a gravidade da doença fez com que Alencar, um empresário nacionalista dos mais dignos e um dos principais defensores da queda dos juros, se deixasse abater. Depois de muitas internações e cirurgias, a última durou quase 24 horas, ele disse: "Estou disposto a enfrentar mais cirurgias e o que for necessário". Ao mesmo que se inspira no espírito aguerrido do povo brasileiro, Alencar também deve inspirar o nosso povo.



A charge lá em cima é do Quinho e foi publicada pelo Diário da Tarde.

Ieeeeeeeeeeeiiiii!!!!!

"Um fato curioso presenciou o repórter, quando, esgueirando-se pelas calçadas molhadas, procurava atingir o setor da redação d'O Povo. Um grupo numeroso de pessoas, logo depois de passada a chuva, se aglomerava em certo trecho de rua, usualmente bem movimentado. Quando o sol, tão bravo nestes últimos dias, ia conseguindo varar as grossas nuvens, lá no alto, num esforço desesperado para aparecer, os alegres circunstantes, olhando para o alto e apontando, começaram uma demonstração estrondosa, vaiando o astro vencido e apagado, naquele momento, num grito uníssono de várias bocas. Mas afinal o velho Rei das alturas venceu, botando todo o corpo para fora das nuvens e dispersando os vaiadores."

Foi dessa forma aí em cima que o jornal O POVO noticiou a vaia que o sol levou em plena Praça do Ferreira, no centro de Fortaleza, no dia 30 de janeiro de 1942. O acontecido virou até um livro do escritor, pesquisador e professor Gilmar de Carvalho, O Dia em que vaiaram o sol na praça do Ferreira, lançado em 1983 Hoje um turma voltou ao local e meteu a vaia no sol de novo, que por sinal nem deu as caras já choveu a manhã inteira, enquanto a turma avalhava embaixo. A idéia da mundiça era marcar a data e fazer uma espécie de campanha pra institucionalizar o Dia da Vaia.

Vou dizer uma coisa, a gaiatice eu até aprovo, esse negócio de fuleragem é mesmo com com os cearenses, mas daí a institucionalizar a esculhambação, a piada já começa a ficar sem graça. Tenho a mesma opinião do Oswald Barroso sobre assunto que falou o seguinte, no jornal O POVO:
“Esse fato sempre foi contado como uma grande brincadeira, como um fato exótico que reforça o jeito cearense. Institucionalizar isso significa exatamente o contrário do que foi a vaia. É levar muito a sério esse negócio. Que besteira! Acho que isso tem que ser uma grande brincadeira e pronto. Isso é antiinstutiucional. Acho que deveria levar uma vaia essa história de institucionalizar a vaia”.

Esse espírito moleque me faz lembrar o Mauro Coutinho, funcionário do Theatro José de Alencar, que só cumprimenta as pessoas que falam com ele dizendo: "E aí, tudo esculhambado?"



Um inferno cheio de intenções

Diz um ditado popular que "de boas intenções o inferno tá cheio". Agora, imagine só como num tá aquele lugar em termos de más intenções. O fato é que ese negócio de julgar as intenções de cada um meio complicado. Eu andei por uns blogs duns camaradas e vi coisas que vale a pena tentar saber mesmo o que certos "anjos bem intencionados" aspiram, se arder no fogo do inferno ou tcar harpa no reino dos céus. Leia e tire suas conclusões.

Blog do Nivaldo

Empresários da fé

Bispo Gê Tenuta, o responsável pela Igreja Renascer, já foi deputado estadual e hoje é suplente de deputado federal pelo Dem/SP. Parece, inclusive, que vai assumir o mandato. Não vi uma única linha que tocasse nessa condição política do religioso. A mídia não quer associar a tragédia, que resultou na morte de nove pessoas no último domingo, com a prefeitura. Kassab e Bispo Gê são do mesmo partido. Tanto a prefeitura como os responsáveis pela igreja se descuidaram de itens essenciais para a segurança dos fieis dessa denominação religiosa.

Blog do Gustavo

PDT

Um observador privilegiado da cena política em Brasília, me contou detalhes do desembarque do PDT do Bloco de Esquerda. Mais do que uma exigência política, na verdade a nau brizolista viveu uma inédita confluência de interesses. De um lado o ministro Lupi, que andou fazendo suas trapalhadas no governo, consegue se mostrar leal ao chefe com o desmonte da candidatura Aldo. E de outro o atual presidente do PDT, o gaúcho Vieira da Cunha mantém sua excelente relação com o PMDB serrista, da qual o prefeito Fogaça tem laços. Com o desembarque, Lupi ganha a confiança de Lula e Vieira ganha a de Fogaça.
Suas esperanças são de que Lupi permaneça ministro e Vieira garanta para José Fortunati a prefeitura de Porto Alegre, numa candidatura de Fogaça ao Senado.
Só falta combinar com os russos.


Sei não, mas acho que vai faltar auréola pra tanto santo nesse mundo?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Um cara de muito VALor



Que tal bater papo com um dos fundadores, ao lado do Zé Celso Martinez Corrêa, entre outros, do Teatro Oficina e do Teatro Arena, responsáveis por uma reviravolta no teatro brasileiro? O mesmo cara é responsável pelo lançamento de gente como Jorge Mautner - "Quem primeiro me lançou no mundo da MPB foi o empresário Moracy do Val, justamente no ano de 1965, meses antes do meu exílio" -, por produzir Arrigo Barnabé, Guilherme Arantes e trazer ao Brasil Duke Ellington, Dizzy Gillespie, Paco de Lucia, Antonio Gades e Astor Piazzola, entre outros. Foi ele quem levou o Pessoal do Ceará pra gravar o disco antológico que projetou aquela turma toda. E pra quem achar pouco, Moracy do Val (o pai da Fernanda do Val, de quem eu quero um bem danado) foi só o responsável pelo lançamento do Secos e Molhados, que dispensa apresentações, né? (Se você prestar atenção no início desse vídeo é o Moracy quem avisa que o show vai começar em 5 minutos)

O cara tem uma impressionante folha de serviços prestados e, de quebra tem um papo muito agradável, é inquieto e continua com uma usina de idéias funcionando dentro da cabeça. Em julho do ano passado e há poucos dias, fiquei horas conversando e "tomando umas" com o Moracy sobre histórias da música e do meio artistico. Alguns dos protagonistas eram João Gilberto ("ele me ligava de Nova Iorque, em plena madrugada, e ficava batendo papo"), Miúcha, Baden Powel, Nara Leão, Maysa ("era a mulher mais linda e também a mais feia"),Toquinho, Vinícius de Moraes ("a gente ia tomar uns whiskies na apartamento dele no Rio e ficava a noite tocando"), Ignácio de Loyola Brandão ("dividimos um apartamento na Praça Roosevelt"), Flávio Rangel, Vladimir Herzog, Chico Anysio e até Leônidas da Silva, o Diamante Negro, que conheceu na redação do jornal em que trabalhava como repórter esportivo. Um detalhe muito legal é que a Sylvia, ex-mulher dele, participou de muitas dessas histórias, e dos nossos papos, e nessas duas ocasiões me encantaram pela maturidade, a naturalidade e uma sintonia grande, mesmo que estejam separados.

Eu teria de escrever muito aqui pra falar sobre o Moracy ( há 919 citações sobre ele na pesquisa do Google), que tá num gás danado com o lançamento da nova versão do filme O Menino da Porteira, mas eu achei uma entrevista dele concedida à revista POP em setembro de 1974,(eita que eu tenho saudade dessa publicação!) quando o Secos e Molhados foi extinto, que vale à pena ser lida porque é bem esclarecedora. Além disso, de vez em quando vou contar alguma história publicável que ele me contou.

MORACY: “A GANÂNCIA ESTRAGOU TUDO!

Moracy do Val, ex-empresário dos Secos e Molhados, estava na porta do circo onde está apresentando Godspell, no Rio, quando chegou Gérson Conrad com um jornal na mão: “Olha, o conjunto acabou. Vim pra te comunicar pessoalmente”. E não falou mais nada. Mas Moracy abriu o jogo.

POP - Você, que foi acusado de má administração, como é que está se sentindo agora?

Moracy - Moralmente restabelecido, embora um pouco triste. Enquanto es­tive à frente do grupo, o faturamento era excelente e ninguém chiava por causa de dinheiro.

POP - Então que vem a ser a sua má administração?

Moracy - Foi a forma mau-caráter que pai (João Apolinário) e filho (João Ricardo) inventaram para meter a mão no tutu do grupo.

POP - Quem foi o responsável pela sua saída?

Moracy - A ganância de João Ricardo. Ele transformou os Secos e Molhados numa máquina de ganhar dinheiro em seu próprio beneficio.

POP - Como assim?

Moracy - Em princípio, não reconhecia o talento de Gérson como compositor. Até aí parece que é só vaidade. Mas não é. O grilo está nos direitos autorais, que rendem dinheiro.

POP - E por que o Gérson só chiou agora?

Moracy - Antes ele já chiava, sim, mas só de leve.

POP - E como era que o Ney reagia?

Moracy - Ele é uma figura humana sensacional e um excelente profissional. Ele calou muitas vezes para não precipitar os acontecimentos. Mas ficava muito triste e magoado.


Se você ver a fim de ler a versão do João Ricardo, clique aqui

- Toca o berrante, seu moço!




Terça-feira vivi uma situação inédita ao assistir uma sessão só pra convidados da nova versão, ou remeique, como se diz por aí no bom "portinglês", do filme O Menino da Porteira. O convite partiu do produtor-executivo Moracy do Val, que também produziu a primeira versão há mais de 3 décadas, e por lá estavam figurões do cinema, gente da Columbia, da Videolar, roteiristas, produtores e mais um monte de gente que trabalhou no filme, mas a gente só sabe se tiver paciência pra ficar até o fim e ler todos os créditos. Sim, é claro que também estavam atores do filme e dois dos principais o cantor Daniel, um cara muito do gente fina que num sei porque, nas duas vezes em que nos falamos me chamou de "doutor", e o garotinho João Pedro Carvalho, criaturinha cativante, que depois da sessão acalentou seu pai emocionado afagando a cabeça do coroa.

Nem vou falar aqui minha opinião sobre o filme, mas o danado mexeu comigo que já sou emotivo, como todo mundo sabe. E mexeu por conta da história, do menininho esperto, mas também por uma certa nostalgia afinal todo mundo com mais de 30 curtiu de algum modo a vozeirão do Sérgio Reis cantando aquela música sertaneja que deu um guinada na vida dele, antes conhecido por cantar 'Coração de Papel', na época da Jovem Guarda.

O Menino da Porteira estreará em março e eu imagino que vai fazer um sucesso danado, como previu o Geraldo, operador do projetor da sala onde assistimos o filme, que já viu muita coisa antes do Brasil inteiro e tem uma capacidade incrível de avaliar cinema. Eu recomendo, sem nenhum preconceito, como fiz ao assistir Os Dois Filhos de Francisco, irei assistir novamente e muito provavelmente me emocionarei.

Marxistas de outro tempo

Depois que desabaram a experiência socialista na União Soviética e o Muro de Berlim, os comunistas tiveram mesmo que enfiar a cara em tudo que foi feito até então pra ver mesmo o que foi que houve e se dava pra manter alta a defesa de uma nova sociedade capaz de superar a barbárie capitalista que já num tem mesmo nada a oferecer pra humanidade. Se alguém ainda tinha alguma dúvida é só dar uma espiada com atenção nessa crise capitalista que tá abalando meio mundo por aí. Só pra lembrar, dessa vez a coisa pegou foi no coração da superpotência e se alastrou mundo afora. Pelo visto, o barco pode até num afundar dessa vez, e sei que não afundará, mas o estrago vai ser grande. Até nos Estados Unidos tudo que é estudioso de economia e política foi catar na obra clássica de Marx e Engels, algumas respostas prumas perguntas que eles tão se fazendo.

O PCdoB num é o dono da verdade, muito pelo contrário, quer mesmo é aprender mais, mas há muito tempo vem debatendo os novos caminhos do socialismo e tá com a mente aberta para fugir dum problema brabo mesmo que foi, e de certo modo continua sendo, a má influência do dogmatismo. Mente fechada num leva ninguém pra frente e os comunistas do Brasil deixaram isso claro desde seu 8o. Congresso, que aconteceu em 1992 e tinha como lema, "O tempo não para, o Socialismo vive" (Dizer isso quando quase todo mundo perdeu o rumo era mesmo ficar fora da ordem mundial). Lembro perfeitamente do informe apresentado por João Amazonas onde ele fazia uma avaliação bastante rigorosa da experiência socialista que tinha desabado há menos de dois anos. Ele falava claramente num "enrigecimento da teoria marxista" e na necessidade de superação da crise do marxismo. Muita gente fala besteira por aí sobre o socialismo, sobre coisas que já foram muito analisadas e criticadas profundamente pelos próprios comunistas. Pois o PCdoB continua estudando muito e pra isso realizou mais uma atividade importante com o objetivo de debater principalmente as dificuldades e insuficiências da teoria marxista e os enormes desafios dos comunistas, das forças progressistas e da própria humanidade para dar um largo passo e construir uma nova sociedade, uma sociedade que de fato possa ser chamada de sociedade mais humana.

Logo aí embaixo tem uns links prumas matérias sobre o encontro do PCdoB. Vale a pena dar uma espiada.

Escola Nacional do PCdoB quer superar crise da teoria marxista

O desafio de formar militantes pelo marxismo sem perder de vista a realidade atual tem sido uma preocupação constante da Escola Nacional do PCdoB. Com base nessa premissa, 103 professores de 24 estados se reuniram em Atibaia, entre os dias 19 e 23, para aprimorar sua formação e, assim, passar adiante, de maneira qualificada, os conhecimentos adquiridos. “Um dos pontos altos do 6º Encontro de Professores foi o combate ao dogmatismo”, disse Adalberto Monteiro, secretário de Formação do PCdoB.

O vício do dogmatismo, enfatizou o dirigente, “enrijeceu o marxismo” e a Escola Nacional “vem dando sua contribuição para a superação da crise da teoria revolucionária”. Monteiro ressaltou que para isso “é necessário que façamos a difusão das categorias e princípios da teoria marxista e, ao mesmo tempo, com base neles, busquemos interpretar a realidade brasileira e mundial, fazendo um esforço de tratar das grandes questões teóricas e políticas de nosso tempo”.

Clique aqui pra ler mais.

Curso do PCdoB começa com palestra de José Reinaldo Carvalho

Contra crise, presidente do PCdoB defende novo pacto político

Escola Nacional discute a ciência na pós-modernidade

Comunistas debatem maior ligação entre PCdoB e intelectuais

Especialistas debatem crise em encontro da Escola Nacional

A visão sagrada de Israel

Antes de ficar ofilaine por uma semana, que ninguém é de ferro, eu deixei uma postagem sobre o cessar fogo na Faixa de Gaza, que acredito num tem nada de duradouro como já mostraram os fatos mais recentes. O mundo ainda precisa saber direito porque é mesmo que existe tanto conflito por ali e, principalmente, porque e pra que foi criado artificialmente o Estado de Israel justamente naquele pedaço de chão. Depois disso os conflitos na região não tiveram mais fim e o último foi o massacre israelense na faixa de Gaza. Hoje, voltando a blogar, fui buscar um texto do José Luis Fiori sobre o resultado da investida sionista e quem é mesmo esse protetorado dos Estados Unidos no Oriente Médio.


"Se o Hamas quer acabar com Israel, Israel tem que acabar com o Hamas antes" - Efraim, 23 anos, estudante de uma escola religiosa de Jerusalém, FSP 24/01/2009.


Durante vinte um dias de bombardeio contínuo, Israel lançou 2.500 bombas sobre a Faixa de Gaza - um território de 380 km² e 1.500 milhão de habitantes - deixando 1.300 mortos e 5.500 feridos, do lado palestino, e 15 mortos, do lado militar israelita. A infra-estrutura do território foi destruída completamente, junto com milhares de casas e centenas de construções civis.


Ataques "escandalosos e inaceitáveis"


É provável que Israel tenha utilizado bombas de "fósforo branco" - proibidas pela legislação internacional com conseqüências imprevisíveis , no longo prazo, sobre a população civil, em particular a população infantil.


Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, se declarou "horrorizado", depois de visitar o território bombardeado, e considerou "escandalosos e inaceitáveis" os ataques israelitas contra escolas e refúgios mantidos em Gaza, pelas Nações Unidas. Richard Falk, relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos em Gaza, também declarou que, "depois de 18 meses de bloqueio ilegal de alimentos, remédios e combustível, Israel cometeu crimes de guerra e contra a humanidade, na sua última ofensiva contra os territórios palestinos. Crimes ainda mais graves porque 70% da população de Gaza tem menos de 18 anos."

Leia mais a partir dum clic bem aqui



domingo, 18 de janeiro de 2009

Cessar fogo? Pois sim!!!


Chamou minha atenção hoje a contradição entre dois jornalões sobre a situação na Faixa de Gaza. Enquanto o Estadao dizia que Israel declarou um cessar fogo unilateral e listou as "vitórias" sionistas sobre o Hamas, a Folha de Sao Paulo dizia que os palestinos anunciaram a trégua. Prefiro aguardar mais as coisas, enquanto isso fico com a opinião do Antonio Mello em seu blog, que reproduzo abaixo integralmente.

Israel propõe cessar-fogo ou 'cala a boca'?

Só não digo que esse cessar-fogo unilateral proposto por Israel é uma piada, porque piada é para divertir, e tem que ser inteligente, tudo o que a proposta de Israel não é. Porque esse cessar-fogo tem chance zero de levar à paz. E Israel sabe disso.


Afinal, o exército israelense invadiu e ocupou a faixa de Gaza, matou milhares de pessoas, incluindo quatro centenas de crianças, e ainda mulheres e idosos, destruiu escolas, hospitais, postos de saúde, navios e caminhões com mantimentos, prédios da ONU, da Cruz Vermelha, e agora diz apenas que vai continuar ocupando Gaza, sem dar um tiro, desde que os palestinos fiquem quietinhos.

É história da carochinha, enquanto o Obama não vem. Porque aí Israel aceita tirar o bode da sala (as tropas de Gaza) e empurra com a barriga a devolução das terras palestinas aos palestinos.

A paz só virá no dia em que Israel abandonar Gaza, chamar de volta seus colonos que ocupam irregularmente terras palestinas para dentro das fronteiras de Israel reconhecidas pela ONU. Só com o reconhecimento por ambas as partes da existência dos dois Estados a paz será possível.

No dia em que Israel fizer o que tem que fazer — obedecer à resolução da ONU de mais de 20 anos que estabelece as fronteiras dos dois países — poderá dizer que é um Estado que busca a paz.

Por enquanto, com esse cessar-fogo, Israel age como aquele valentão que, após surrar bastante o adversário mais fraco, pisa sobre seu corpo caído no chão e diz que não vai mais bater nele, desde que fique caladinho, com o rabinho entre as pernas e aceite sem um pio a humilhação de ter seu corpo (suas terras) invadido, agredido, degradado.


E aí, direitada?


Essa eu fui buscar no blog O Outro Lado da Notícia, do meu camarada Osvaldo Bertolino


O ex-presidente italiano Francesco Cossiga admitiu em carta endereçada a Cesare Battisti ter existido perseguição política do governo italiano no caso em que ele é acusado.

De acordo com a carta, de fevereiro do ano passado, o hoje senador Cossiga afirmou ter existido um acordo para, em um instrumento de “luta psicológica”, “fazer passar os subversivos de esquerda e os subversivos de direita como simples terroristas, ou absolutamente como criminosos comuns”.

O ex-presidente ressaltou ainda que os delitos cometidos pelos militantes não podem ser considerados transgressões comuns.

“Os crimes que a subversão de esquerda e a subversão de direita cumpriram, são certamente crimes, mas não certamente ‘crimes comuns’, porém ‘crimes políticos’”, afirma.

Ao final, Cossiga autoriza Cesare Battisti a utilizar a carta (nessa fax simile aˆvocê pode ler a carta toda em portugues) como desejar, inclusive com valor jurídico.


Se quiser ler toda a postagem do Bertolino, clique bem aqui.



Uma criança

Uma das coisas que o Guilherme gosta de fazer é palavra cruzada. Quando ele pega o embalo numa cruzadinha, ninguém segura.(Olha ele aí na casa da Vóeridan se distraindo).

Durante os dias que ficamos em Sobral quando menos se esperava tava lá ele, entre o papai e a mamãe, numa sessão conjunta de palavra cruzada. De volta a Fortaleza eu conversei com ele sobre esse seu gosto e perguntei se ele fazia sozinho a palavra cruzada e ele respondeu na lata: "Que nada pai, eu num sei tudo porque eu ainda sou uma criança?"

O cinema, a emoção e a revolução



No início dos anos 80 eu não perdia uma sessão do Cinema de Arte do Cine Gazeta, que funcionava no Center Um, mas que tá fechado há uns 10 anos. Felizmente ainda continuam as sessões de artes, mas infelizmente minha frequência diminuiu bastante por culpa minha mesmo, mas nunca deixei de gostar de filmes. Bom, mas naquela época teve uma mostra de filmes do Sergei Eisenstein é um dos filmes que me marcaram pro resto da vida foi O Encouraçado Potemkim, que foi lançado há exatamente 81 anos.

Quando assisti a esse filme eu ainda dava meus primeiros passos no rumo do socialismo, da revolução, das lutas do povo, mas já tava contaminado pelo que o Che Guevara chama de capacidade de se indignar, de se comover e de fazer algo em favor das pessoas que sofrem mais que do a gente por lhes faltar melhores condições, principalmente materiais, de ter a felicidade como parceira mais frequente. Eu não sei se consegui dizer o que eu sentia, mas quero dizer que aquele filme me tocou bastante e até hoje me emociono muito ao lembrar dele e de ver cenas como essa da Escadaria de Odessa. Aliás é impossível ver essas cenas e não lembrar o massacre de Israel contra o povo palestino. Impossível também não concluir que, em qualquer momento da história, as forças mais atrasadas agridem ao povo de forma indistinta, massacrando homens, mulheres, jovens, idosos e crianças. Fica então o registro do aniversário de filme magnífico na forma e conteúdos revolucionários.


Se você quiser assistir ao filme todo no You Tube clique aí embaixo:

Parte 1

Parte 2

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Profeta da chuva?

Depois de assitirmos ao excelente filme O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes, meu filhote Guilherme resolveu dormir no apartamento onde moro, mas antes passamos na livraria Siciliano e ele me deu um "prejuízo gostoso" com dois livros, um deles sobre as 100 principais invenções da humanidade, começando com a alavanca.

Hoje cedo, depois de ver o tempo meio "bonito pra chuvar", ele pediu pra ir até um espelho e voltou dizendo que talvez chuvesse muito. Perguntei por que e ele disse que fez um teste no cabelo, dando um tapinha de leve numa mecha sustentada com a outra mão. Dependendo da intensidade da dor a chuva é maior ou menor. Pois num é que caiu uma chuvinha até boa no começo da manhã e o dia tá meio com cara de chuva. Perguntei ao meu profetinha sobre sua "previsão" e ele disse: "É pai, até que doeu um pouquinho".


O HAMAS quer paz

Alguém acredita que essa pessoa aí do lado se sente bem tendo que viver de forma clandestina? Alguém percebe que, por trás dessa máscara existe um ser humano que deseja paz, que seus filhos possam crescer e viver livremente sem ameaças de bombas, que suas terras não sejam ocupadas por invasores agressivos, que suas casas e suas oliveiras trasferidas há séculos de pais para filhos não sejam detruídas?

A imagem aparentemente agressiva não pode encobrir o sonho de paz do povo palestino. Para se falar de paz e convivência entre as partes na Palestina é preciso que se saiba o que ocorre ali e é isso que faz o artigo do primeiro-ministro palestino Ismail Haniyeh, nesse artigo oriundo do jornal The Independent, que o Vermelho publicou.


Nossas condições para o cessar-fogo

Escrevo essa mensagem para leitores e ouvintes em todo o Oriente, de todo o espectro social e político, enquanto a máquina de guerra de Israel continua a massacrar os palestinos, em Gaza. Até aqui, temos mil mortos, quase a metade dos quais são mulheres e crianças. Semana passada, no bombardeio contra a escola mantida pela Agência da ONU para Socorro Humanitário (UNRWA), no campo de refugiados de Jabalya, praticou-se crime horrendo. Centenas de civis saíram de suas casas e buscaram refúgio no prédio da ONU, onde foram chacinados sem piedade pelo exército de Israel. 46 crianças e mulheres mortas, muitas outras feridas, nesse ataque odioso.

Clique aqui e leia mais.

Quem é Cesare Battisti?

O Ministro da Justiça, Tarso Genro decidiu enfrentar todo o aparato da direita e sua "mídia venal", como bem define o jornalista Messias Pontes, e recusou o pedido do governo italiano liderado pelo fascistão Silvio Berlusconi para que o Brasil entregasse o ex-militante da gurrilha urbana Cesare Battisti. O quiprocó tá grande e a Itália tá querendo abrir uma celeuma grande.

Mas afinal quem é mesmo o cidadão em questão, Cesare Battisti, que por sinal lançou um livro "Minha fuga sem fim” ? Como é preciso navegar para se saber das coisas, aportei no desfocado Blog do Adeodato e encontrei uma matéria da revista Piaui, que vale a pena conferir.


À Espera - Cesare Batista, o último preso político do Brasil, pela Revista Piauí


Um grupo de jovens armados tentou assaltar a pizzaria Transatlantico, em Milão, na noite de 22 de janeiro de 1979. Um dos clientes, o joalheiro Pierluigi Torregiani, se fazia acompanhar por guarda-costas. Eles reagiram e, na troca de tiros, morreram um bandido e um freguês. Menos de um mês depois, veio a vingança. De revólver em punho, meia dúzia de rapazes entrou na joalheria de Torregiani. O comerciante sacou a sua Smith & Wesson e fez fogo. Errou o alvo e atingiu o próprio filho adotivo, Alberto, de 13 anos. Torregiani levou um disparo no coração e morreu na hora. O filho sobreviveu. Mas, com uma bala na medula, ficou paraplégico. Alberto só anda de cadeira de rodas.


No mesmo dia, 16 de fevereiro, a 500 quilômetros de Milão, na cidadezinha de Santa Maria di Sala, um bando armado matou a tiros o açougueiro Lino Sabbadin, que pouco antes também havia reagido a um assalto e matado um ladrão. As duas mortes foram assumidas pela organização Proletários Armados para o Comunismo, os PAC. Além de julgá-los assassinos, o grupo acusou o açougueiro de integrar um partido fascista, o Movimento Social Italiano, e o joalheiro (por ter guarda-costas), de ser o xerife do bairro. Os PAC reivindicaram outras duas execuções naquela época: a do comandante de prisão Antonio Santoro, numa emboscada de rua, em Udine, e a do policial Andrea Campagna, na frente da casa da namorada, em Milão. Ambos foram condenados à morte porque teriam torturado militantes da organização.


Os Proletários Armados para o Comunismo eram uma organização pequena e regional, que foi fundada em 1976 e deixou de existir apenas três anos depois. Nunca tiveram a expressão das Brigadas Vermelhas, que seqüestraram e mataram Aldo Moro, o líder democrata-cristão. Enquanto as Brigadas tinham ideologia rígida e se estruturavam militarmente, os PAC eram um grupo fluido, sem hierarquia, que assaltava mais para garantir o sustento de seus militantes que para incentivar a expropriação de capitalistas. Em vinte anos, contados a partir de 1969, cerca de 600 grupos reivindicaram ações subversivas na Itália. Só em 1979, quando os PAC fizeram três vítimas fatais, mais de 200 grupos de extrema-esquerda praticaram atentados na Itália.



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Fala o HAMAS

Há uns meses assisti um documentário sobre Nelson Mandela em que, a certa altura, destacava-se os chefes militares que serviram ao regime de apartheid batendo continência ao novo presidente da Africa do Sul, o mesmo que mantiveram preso durante 27 anos.

Há 30 anos Lula era um sindicalista perseguido, processado pela Lei de Segurança Nacional e afastado da direção do sindicato. Estes são apenas dois casos entre muitos, de lideres que foram perseguidos, atacados, caluniados e acusados de crimes por defenderem os interesses de seu povo.

Atualmente os ataques se voltam conta o Hamas, que significa Movimento de Resistência Islâmica, e surgiu em 1987, curiosamente com a simpatia do Estado de Israel, que o via como um "racha" entre os palestinos e serviria para se confrontar com a Organização para Libertação da Palestina, liderada por Yasser Arafat. Os ataques ao Hamas são os mais agressivos e atinge até gente bem intensionada, que cai na onda de dizer que Israel tá só se defendendo.


Pois eu trouxe aqui um artigo do seu principal lider político, Khaled Meshaal, publicado originalmente no jornal inglês, The Guardian, traduzido e publicado também no Vermelho. Acho que vale muito a pena ler.


Israel nos cobre com sangue

Há 18 meses, meu povo está sitiado em Gaza, encarcerado na maior prisão do mundo, isolado por terra, ar e mar, morrendo de fome, sem ter acesso nem mesmo a remédios para tratar nossos doentes. Não satisfeitos com essa política de lenta asfixia, nossos agressores optaram pelos bombardeios em uma das regiões mais densamente povoadas do planeta, onde nada foi poupado pelos aviões israelenses. Tudo foi destruído: prédios do governo, casas, mesquitas, hospitais, escolas e mercados.


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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Internacional, de Palestina

Na véspera de voltar dos meus dias de deleite em Sobral, resolvi subir mais uma vez a Serra da Meruoca e quando já tava voltando dei de cara com o Bar do Tonhão. O reduto fica na Palestina, uma vila onde tá situado o sítio da minha família e onde eu circulo há muito mais de 30 anos. Mas o que me chamou atenção foi esse escudo do Internacional, time da minha querida Soninha, uma colorada "incurável" . Só que eu fui ver diretinho e, mesmo com uns sacos de tinta na frente, vi que não é do time da minha camaradinha, mas sim do Internacional de Palestina, que disputa jogos nos campinhos de terra das redondezas. Com certeza há muito craques no time, principalmente no trabalho diário de preparar a terra, semear e colher os frutos da vida difícil, mas digna dos que, no campo constroem essa pátria e que um dia haverão de conduzí-la de forma justa, democrática e livre.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Blog duma nota só, de solidariedade


Nos últimos dias tenho tratado aqui, quase que exclusivamente, do crime de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Você num estranhe não, é meu jeito de ser passional de viver. Nos dias atuais nada tem mexido mais com meus sentimentos do que esse absurdo que tá acontecendo e de uam atitude COVARDE da ONU, uma verdadeira vergonha.(Aliás num podia ser diferente nesse mundo atual em que se chegou ao absurdo de "eleger" um sul-coreano como secretário geral da organização). Pois bem, ppis eu ainda vou tratar muito mais desse assunto por aqui e hoje resolvi reproduzir uma postagem do Coisas de Soninha ( minha querida, humana e extremada camarada) sobre a manifestação ocorrida em Porto Alegre em solidariedade aos palestinos. Ela publicou um carta gaúcha que merece ser lida. Dê uma espiada.


Carta do Comitê Gaúcho de Solidariedade ao Povo Palestino

Em 1947 o Conselho de Segurança da ONU aprovou a partilha que dividiu a histórica Palestina em dois estados (Israel e Palestina).Quase 800 mil palestinos foram expulsos de forma brutal e sangrenta de suas terras, vilas e lares. Sessenta anos após, o povo palestino continua resistindo à ocupação israelita-sionista. Mesmo condenado a sobreviver em campos de concentração dentro de 17,2% do que lhes restou de suas terras, ou a ser cidadãos de segunda categoria dentro das fronteiras de Israel.

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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Se o Hamas não existisse...

Por Jennifer Loewenstein*

Deixemos uma coisa perfeitamente clara. Se a degradação e a mutilação por atacado da Faixa de Gaza for continuar; se a vontade de Israel é uma com a dos Estados Unidos; se a União Européia, a Rússia, as Nações Unidas e todas as organizações e agências legais internacionais espalhadas pelo globo vão continuar sentadas como manequins ocos sem fazer nada a não ser os repetidos "chamados" por um "cessar-fogo" de "ambos os lados"; se os covardes, obsequiosos e supinos Estados Árabes vão continuar de braços cruzados vendo seus irmãos serem trucidados de hora em hora enquanto a Super-Potência valentona do mundo olha-os ameaçadoramente de Washington, no caso de que digam qualquer coisinha que a desgoste; então vamos pelo menos dizer a verdade sobre por que está tendo lugar este inferno na terra.


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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Valeu, Sinfrônio!

Normalmente eu não curto muito as charges do Sinfrônio, do Diário do Nordeste, mas devo dizer que nessa aí ele foi bem. Destoando inclusive da linha geral da chamada grande imprensa, ele tem batido forte na ação terrorista de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Semana passada ele botou o primeiro-ministro israelense, que por sinal está sendo processado por corrupção do mesmo jeito que o Collor aqui no Brasil, comendo a pomba da paz assada. Uma imagem forte, mas muito verdadeira.

Quem me conhece, sabe que eu sou sincero e quando eu não gosto, falo sem meias palavras, e quando elogio, o faço sem problemas. Por isso digo, o Sinfrônio tá dando uma importante colaboração ao povo palestino. É assim mesmo, cada um faz sua parte.

Lula é craque

"Na verdade, eu não queria atirar o sapato contra vocês, mas sim me precaver de um possível ataque", Lula.

A esta altura do campeonato essa imagem do Lula já circulou o mundo inteiro e quem deve tá com muita raiva é o Bush. O Lula, mais uma vez, dá uma aula de marketing e aumenta ainda mais a sua popularidade. Aposto como a população deve ter adorado esse gesto. Ao mesmo tempo ele debochou do chefão da bandidagem gringa e dos Estados Unidos que ainda têm muito poder, ninguém nega, mas foram achincalhados pelo jornalista al-Zaidi. Pra saber o quanto deve ter repercutido no mundo a "rebolada de sapato" do Lula, é só ver como a chamada grande imprensa vai tratar o assunto. Vem aí, "Lula apronta mais uma", " Presidente perde a compustura" e por aí vai.

Imaginemos

"Imaginemos que, nos anos trinta, quando os nazis iniciaram a sua caça aos judeus, o povo alemão teria descido à rua, em grandiosas manifestações que iriam ficar na História, para exigir ao seu governo o fim da perseguição e a promulgação de leis que protegessem todas e quaisquer minorias, fossem elas de judeus, de comunistas, de ciganos ou de homossexuais. Imaginemos que, apoiando essa digna e corajosa acção dos homens e mulheres do país de Goethe, os povos da Europa desfilariam pelas avenidas e praças das suas cidades e uniriam as suas vozes ao coro dos protestos levantados em Berlim, em Munique, em Colónia, em Frankfurt".

O mais você pode ler n'O Caderno do Saramago

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

fotos boas de ver..

Acabo de chegar da manifestação aqui em Fortaleza contra o massacre israelense contro o povo palestino na Faixa de Gaza e digo que foi muito bom ver o centro de Fortaleza agitado pela solidariedade. Depois trarei mais novidades sobre o que foi o ato. Agora eu quero apenas sugerir uma visitinha sua a uma galeria de 100 fotos da manifestação que ocorrei em Cujritiba também hoje. Vale a pena dar uma sacada nas fotos pra sentir a solidariedade e também a criatividade das pessoas que foram. Aproveite bem, basta clicar bem aqui

Estado bandido, por Lejeune Mirhan*


Desde a semana passada vinha pensando que título dar a minha coluna semanal. Várias sugestões eu avaliei, consultei amigos e camaradas. Ao final, olhando as atitudes que Israel vem tomando e conhecendo seu histórico em quase 61 anos de existência de seu Estado, não tive dúvidas: Israel hoje é o mais bandido dos estados existentes na terra, um estado delinqüente. E vejamos o porquê.




quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O último cinema de rua de Fortaleza

Essa eu fui buscar no Blog do Adeodato, um amigo de sempre, e fala sobre o Cine São Luiz, lugar que marcou a vida de todos que nele assitiram pelo menos um filme.



"Quando vim morar em Fortaleza, em 1981, para estudar, Fortaleza contava então com apenas 6 salas de cinema, sendo 5 delas localizadas na região do Centro de Fortaleza e 1 sala (Cine Gazeta) localizado em shopping (Center Um). Resolvi fazer este post porque por coincidência assisti a uma entrevista com o Secretário de Cultura do Ceará, Auto Filho, falando justamente sobre o fechamento das portas do último cinema dito de rua, o famoso e lindo Cine São Luiz. Um ícone de Fortaleza. As portas se fecharam para o público no dia 19 de agosto de 2005"




Leia mais aqui

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

pra nascer

Imagens que falam

"Na década de 1930 o cidadão médio da Alemanha podia alegar desconhecimento dos crimes perpetrados pelo nazismo. O aparelho de propaganda hitleriano jamais mencionava o holocausto em curso. A existência dos campos de concentração e dos fornos crematórios era cuidadosamente escondida. As mídias da Alemanha nazi nunca mencionavam a existência de tais infâmias.

E o que se passa hoje em Israel? Os crimes do estado sionista são bem conhecidos. A realidade do apartheid é evidente para todos, basta olhar as muralhas que esquartejam a Palestina.

Os assassinatos das sinistras polícias políticas de Israel são (em parte) divulgados nos media. As 100 toneladas de bombas já despejadas sobre a população indefesa de Gaza são anunciadas nos jornais israelenses. As perseguições ao espoliado povo palestino (10 mil palestinos presos) são notórias.

Por isso – ao contrário do povo alemão dos anos 30-40 – o povo de Israel não pode alegar ignorância. Assim, excetuando as forças democráticas e progressistas (como o PCI - Partido Comunista de Israel, o Hadash e algumas personalidades dignas) deve-se colocar o problema da responsabilidade coletiva dos cidadãos israelenses que permanecem passivos ou dão apoio (inclusive com o seu voto) a um governo que comete tais atrocidades.

O repúdio à barbárie nazi-sionista deve ser universal. As manifestações contra o massacre já começaram nos EUA e em outros países. O apelo ao boicote a Israel e ao desinvestimento deve transformar-se em realidade. (extrato de texto do site Resistir)


Agora eu ...

Eu sempre fico muito arretado quando os jornalões e as revistas da chamada grande imprensa publicam fotos sensacionalistas em suas capas ou mesmo no interior das edições. Acho uam falta de respeito aos leitores,mas especialemente às vítimas. Mas diante do massacre que está acontecendo em Gaza, eu achei que um pouco dechoque pode fazer com que as pessoas se mobilizem para, de algum modo, impedirem o fim daquela carnificina. Até agora abordei o assunto aqui apenas com uma frase do poeta nacional palestino Mahmoud Darwish, mas tô disposto a ir pra briga porque a causa palestina é daquelas que não pode ser ignorada por nenhum ser que tenha alma, solidariedade e sentimento de amor à luta dos povo.

O Vermelho publicou uma matéria da Carla Santos que faz uma coleta de50 fotos que dizem muito sobre o que as tropas israelenses estão fazendo comos palestinos. Se você quiser vê-las é sóclicar bem aqui . Se alguém achar que é sensacionalismo, eu só gostaria de lembrar que há muitos anos vemos imagens, fotos e relatos sobre o holocausto judeu praticado pelos nazistas. E todos ficamos indignados. A diferença é que os judeus hoje controlam grande parte dos meios de comunicação no mundo e assim, controlam as versões sobre o que fazem contra os palestinos libertários.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Sempre viva

"SOFREMOS DE UM MAL INCURÁVEL QUE SE CHAMA ESPERANÇA" Mahmoud Darwish, poeta palestino

Imagens de Cuba

A Agência Magnum está disponibilizando em seu site uma exposição de 50 fotos de Cuba. Um verdadeiro presente de final de ano, que combinada com o aniversário da Revolução Cubana, deleita qualquerum que tenha o mínimo de sensibilidade e apuro estético.Nem precisa admirar aquele povo e sua revolução, sefor assim é melhor, pra se encantar com o que vai ver. Cenas de hoje e de vários momentos da luta de libertação liderada por Fidel e seus companheiros.
Deleite-se clicando bem aqui até o dia 30 de janeiro.

Mamãe

Há muitos anos eu não passava uns dias de férias em Sobral, mas sempre que venho à Sobral nas festas de final de ano dou um jeito de esticar um pouquinho até o dia 4 de janeiro pra passar com a mamãe o dia do aniversário dela. E tem que ser dia 4 porque ela, com justa razão, num é chegada a comemorar noutra data não. Pois hoje eu tô aqui, eu e o Guilherme. E fomos uns dos primeiros a darem os parabéns a ela hoje cedo. Depois do papai, por razões óbvias, só a Ciana, chegou antes.

Enquanto eu tô aqui escrevendo Domaducarmo tá ali no órgão dela, fazendo sua sessão musical diária. E dá-lhe Roberto Carlos! É uma das rotinas do dia dela, que começa cedinho. Prepara o café da manhã, faz café, suco, põe a mesa e aguarda os que vão acordando. Quase sempre o papai é o primeiro, mas nesses dias em que estamos por aqui, o Guilherme e eu acordamos um pouco antes. Cada um que chega ela faz um carinho, convida pra mesa, comenta algo e quase sempre acompanha na refeição. Ao longo do dia ela não pára um instante, assim como não parou um dia na vida.

A mamãe adora acolher as pessoas e aqui na nossa casa tem sempre alguém proseando com ela e o papai. Isso ela também tem feito ao longo da vida. Há um número incontável de pessoas que ela ajudou a se aposentar, outras tantas que ajudou a tratar uma doença grave e que hoje tão muito bem de saúde ( o "Manel" é um dos mais queridos de todos nós) e muitos que ela ajuda diariamente. No Natal deixamos de ganhar presentes e cada um de nós, filhos e filhas, noras e genros, netas e netos, recebemos uma cesta básica para doarmos a alguém que esteja realmente precisando. Essa é só uma das muitas lições que a Domaducarmo nos ensina há muito tempo e que nós sempre incorporamos as nossas vidas. E num precisa ser parente dela não, basta conviver ou ter um contato que é logo "contaminado" por essa bondade infinita da mamãe.

Se eu fosse falar aqui das tantas coisas boas e sobre as muitas histórias que sei da mamãe ia perder a festa de aniversário que vai ser a noite, aqui mesmo na nossa casae que vai juntar muita gente que compartilha com ela o mesmo sangue. Mas eu espero ter deixado aqui pelo menos um idéia da bondade e do carinho da mamãe, que aí na foto sorri junto com o papai e seus dois filho mais velhos, o Ducito (de pé) e o Veveu (sentado).

sábado, 3 de janeiro de 2009

Esqueci não


Cuba, os cubanos e sua revolução acharam por bem amanhecer o ano de 1959 com um alvorecer maravilhoso de uma vida nova, de um novo mundo. Nem comunistas, ou mesmo socialistas, eram. Ou pelo menos não se consideravam como tais. Mas eram revolucionários e não há ambição maior na vida do que contruir uma nova sociedade, revolucionar a vida.

No dia certo dos 50 anos da Revolução Cubana eu nem passei por aqui. Passei nem perto dum computador porque tô mesmo aproveitando o descanso aqui em Sobral com minha família. Passei os dois últimos dias na Palestina, a que fica na Serra da Meruoca, e ali fiquei ainda mais desligado. Mas só foi baixar aqui na Metrópole tratei de achar um computador onde buscasse as novidades e um jeito de homenagear essa data querida dos que amam a vida e o futuro melhor para os povos do mundo.Pois taí, um texto legal que busquei no Vermelho, onde estão descritos a ofensiva final e os primeiros passos daquela vitória revolucionária que não é modelo, nem deve ser, mas é inspiração. (Na foto estão Camilo Cienfuengos e Fidel Castro, nos dias triunfais de janeiro de 1959)


Uma história heróica: os dez dias que revolucionaram Cuba


A ofensiva final contra a ditadura de Fulgencio Batista lançada pelo Exército Rebelde de Fidel Castro desencadeou uma seqüência de acontecimentos que precipitaram o triunfo de 1º de janeiro de 1959.

Enquanto Fidel e seu irmão Raúl lutavam nas montanhas do oriente, o comandantes Ernesto 'Che' Guevara e Camilo Cienfuegos - o outro líder rebelde emblemático, que desapareceu junto com seu avião, em outubro de 1959 - lutavam em Las Villas (centro) apoiados pelas forças independentes do Diretório Revolucionário e a II Frente de Escambray.

A seguir, o prelúdio da vitória dia-a-dia:

- Segunda-feira, 20 de dezembro: os guerrilheiros de Che iniciam o ataque a Santa Clara, capital de Las Villas, onde fica bloqueado um trem blindados com 22 vagões lotados de militares, fuzis, metralhadoras e canhões antiaéreos que Batista enviava para o oriente, numa última tentativa de conter a rebelião.

- Terça-feira, 30 de dezembro: os soldados se fortalecem nas colinas de Santa Clara e o trem militar tenta escapar, cai numa emboscada e descarrila. Os rebeldes fazem prisioneiros e apreendem as armas.

- Quarta-feira, 31 de dezembro: Batista prepara sua fuga. Na festa de fim de ano no Palácio Presidencial, renuncia e sai às pressas para o Quartel Columbia, onde o espera um DC-3 com os motores ligados. Em dois aviões, parte com sua família e seus principais colaboradores para Santo Domingo, onde é recebido pelo ditador Rafael Trujillo.

- Quinta-feira, 1o. de janeiro: Eloy Gutiérrez Menoyo, chefe da Frente de Escambray, entra em Havana às três da tarde com mil homens. Che Guevara comunica a Fidel Castro por rádio que tomou o quartel de Santa Clara. Seus 340 homens derrotaram 3 mil soldados.

Fidel ordena a Guevara e Cienfuegos que avancem para Havana. Outra coluna rebelde se aproximada da oriental Santiago de Cuba. À tarde, Raúl Castro pede a rendição da cidade, e Fidel a acerta, em seu acampamento na periferia, com o cheffe do Quartel de La Moncada às nove da noite.

Homens e mulheres de pijamas recebem Raúl nas ruas de Santiago. Fidel chega tarde da noite e, em um ato, que acaba na madrugada do dia 2, proclama o triufno da rebelião na sacada da prefeitura, ante uma multidão empolgada.

- Sexta-feira, 2 de janeiro: durante a madrugada, Manuel Urrutia jura como presidente - e renuncia pouco depois. Camilo entra em Havana e toma Columbia. Che parte rumo à cidade com seus homens em caminhões. Fidel deixa Raúl em Santiago e começa um percurso de 1.000 km para a capital, a 'Caravana da Vitória', transmitida pela televisão.

- Sábado, 3 de janeiro: Che entra em Havana durante a madrugada e toma a fortaleza de La Cabaña.

- Segunda-feira, 5 de janeiro: Fidel chega a Camagüey, fala ao povo, se reúne com Urrutia no avião presidencial - em vôo para a Havana - e conversa no aeroporto com Che, que viajou para receber instruções.

- Terça-feira, 6 de janeiro: Fidel Castro chega a Santa Clara e fala com uma multidão.

- Quarta-feira, 7 de janeiro: Fidel chega a Matanzas - próxima à Havana. Fala com a população e se reúne novamente com Che.

- Quinta-feira, 8 de janeiro: Fidel e sua tropa entram em tanques, jipes e caminhões em Havana, numa apoteose geral. Camilo o espera em El Cotorro, entrada da cidade, e se soma a caravana, que parte para a Avenida del Puerto e Malecón.

Em Cabaña, Che acompanha com binóculos o percurso. Fidel chega em Columbia, onde pronuncia o discurso de consagração do triunfo da Revolução.