sábado, 31 de janeiro de 2009

Atrapalhando o preconceito




Na mesma edição em que li a entrevista do Chico Anísio, também tem uma do Renato Aragão, bem menos interessante, mas tem uma parte interessante em que ele fala sobre o crescimento da aceitação do Trapalhões. É muito interessante o que ele diz sobre o preconceito que havia contra eles e por isso resovi reproduzir aqui esse trecho:

Seu humor sempre foi muito criticado, não?

Sempre, mas quanto mais a crítica batia, mais ela se esquecia de conferir as bilheterias. Isso foi desde sempre. Quando eu tava na TV Tupi, fazendo sucesso, que nós batíamos a audiência da Globo, do Fantástico, em 1974, a crítica batia dizendo que fazíamos "humor indigente". Aí, eu vim pra Globo e estavam todos os jornalista de smoking na nossa estréia. Sabe o que saiu nos jornais? "Tão bom como era antes"! Aí o programa começou a dar 80% no Ibope e o cara dizia: "Renato, eu tava passando no quarto da empregada e vi seu programa!" Eu falava: " Pô, o que vocês tão fazendo no quarto da empregada? Vão assistir na sala!" Depois intelectuais como Carlos Drummond de Andrade, Caetano Veloso e outros começaram a dizer que adoravam Os Trapalhões e todo mundo começou a assistir na sala. O preconceito é muito grande".

Se você tiver a fim de ler o que a revista disponibilzou na internet é só clicar bem aqui.


Uma coisa que pouca gente sabe é que o autor da inconfundível trilha sonora da abertura do programa Os Trapalhões é também cearense e trata-se do maestro Zé Meneses, nascido lá em Jardim e que recentemente fez uma apresentação em Fortaleza.

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