domingo, 4 de outubro de 2009
Gracias a la vida por nos ter dado seu canto
Em 1982 fui pela primeira vez à São Paulo para participar do Encontro Nacional de Direito e logo ao chegar no alojamento na PUC vi que naquela noite haveria uma apresentação de três grandes cantoras no Festival Internacional da Mulher, promovido pela Ruth Escobar. Vivi a enorme emoção de assistir numa mesma ocasião Leny Andrade, Clementina de Jesus e Mercedes Sosa. Neste momento estou na Conferência Estadual do PCdoB e ao chegar recebi a triste notícia da morte daquela que cantou e fez ecoar mundo a fora a luta pela liberdade na América Latina. Tinha de ser ela, uma mulher, uma brava mulher, uma mãe acolhedora, assim como sua América querida. Tenho a convicção de que Mercedes morreu feliz por ter vivido o suficiente para ver o fim das ditaduras que grassaram nessa parte do mundo e a obrigaram se exilar na Europa. E mais, por aqui nos livramos das ditaduras e agora conquistamos governos democráticos e progressitas. Ela dizia que nasceu para cantar, mas não foi uma cantora qualquer porque cantou justamente em busca dessa América Latina que vivemos hoje e que ainda luta para consolidar e avançar nas conquistas. É por isso que, ao invés de trazer pra cá a belíssima Gracias a la Vida, recomendo que você assista Canción con Todos, um hino do nosso continente cheio de esperança.
Canción Con Todos
(Armando Tejada Gómez Y César Isella)
Salgo a caminar
Por la cintura cósmica del sur
Piso en la región
Más vegetal del tiempo y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de América en mi piel
Y anda en mi sangre un río
Que libera en mi vozSu caudal.
Sol de alto Perú
Rostro Bolivia, estaño y soledad
Un verde Brasil besa a mi Chile
Cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña América y total
Pura raíz de un grito
Destinado a crecer
Y a estallar.
Todas las voces, todas
Todas las manos, todas
Toda la sangre puede
Ser canción en el viento.
¡Canta conmigo, canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz!
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2 comentários:
Una estrella se está desvaneciendo en la tierra, pero otra estrella se eleva en el cielo.
Duerme, duerme negrita. Lleva en su sueño nuestra esperanza de una América Latina libre. Nos deja su voz, siempre negrita!
Foi essa a canção de entrada na minha colação de grau, há alguns muitos anos atrás... Tenho a ouvido com tanta frequencia por esses tempos, cheguei a comentar lá no twiter por esses dias.... Mercedes, cancioneira de nossa latinoamerica tão querida está agora encantada...
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