sábado, 21 de agosto de 2010

Fernando, da paz

Sabe aquelas pessoas que nos dão muitos motivos pra admirá-las, respeitá-las, gostar deles mesmo que não se tenha tanto convívio? Um desses caras era o Fernando Carvalho Cela, que conheci há mais de 25 anos. Cearense de Camocim, foi morar em São Caetano do Sul e depois Blumenau, por conta de seu trabalho no Banco do Brasil, instituição muito querida dele. Filho de D. Noemi Carvalho e S. Fernando Cela, sobrinho do grande pintor Raimundo Cela, tio de amigos e amigas minhas que considero como irmãos e irmãs queridas, pai de filhos e filhas superbacanas e marido da Filhinha, uma mãe totalmente dedicada.

"Meu pai, a pessoa da paz morrer com tiro ... é surreal". Dessa maneira a Silvia, filha do Fernando me falou da tragédia que atingiu esse cara e sua família. Fiquei sabendo na manhã de terça feira passada do acontecimento da noite anterior. Foi difícil admitir algo tão absurdo. Uma grande tristeza tomou conta de mim e me dei conta do quanto gostava do Fernando. Tínhamos muitas convergências políticas e musicais, opinões semelhantes sobre muitas coisas da vida.  Nem mesmo a grande diferença de idade - quando o conheci ele tinha o dobro da minha - nos distanciava. Eu o chamava simplesmente de Fernando, numa respeitosa intimidade como se fóssemos velhos amigos de muitas histórias em comum.

Não sou de trazer tristeza pra esse blog, mas fiz questão de registrar esse fato. Porém quero dizer aqui que a dor extremada deve ser substituida pela lembrança boa do Fernando, do exemplo que ele deixou pra quem conviveu com ele e principalmente do bem querer dele pela Filhinha, pela Silvia, pelo Evandro, pelo Nando, pela Mariza e pelo Guilherme. Fiquem em paz, vocês, Fernando é inspiração.  

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