O que eu sei é que quando fui deixá-lo lá no colégio só saí depois que o ônibus foi embora e ainda dei tchau pro ônibus, sem me importar se meu menino tava me vendo. Num vou dizer que fico tranquilo. Fico não. Fico doido pra saber o que ele vai fazer, como vai se cuidar sozinho - outro dia me pediu pra ensiná-lo a se pentear porque ia acampar e tinha de fazer isso sozinho - e se o fim de semana vai ser tranquilo. Mas digo uma coisa: eu também aprendo com isso. Tenho consciência de que nossos filhos são nossos filhos, mas são também filhos do mundo e é nele que vão viver e, de preferência sem depender de mãe e pai. Eles são parte de nossa contribuição para construir a felicidade e também parte da felicidade que buscamos, por isso precisam disso, de ficar longe de mães e pais, de se virar sozinhos, e é por isso que estimulo todas as ocasiões que o Guilherme tem de esperimentar o mundo sozinho de aprender. Da mesma forma que dou a ele tudo que me pede pra ler, livros, revistas, etc e tal. A liberdade que ele quer curtir nesse fim de semana, mal sabe ele, eu já cultivo desde que imaginei que um dia seria pai. Ainda mais sendo pai de quem busca ser livre.
Trilha sonora - enquanto escrevi esse texto, escutei o música That's The Way ( Esse é o Caminho), do Led Zeppelin, na versão gravada por R. Plant e J. Page, do disco No Quarter, e tomei duas doses de Ypioca 150, bem geladinha, com castanha assada.
"É desse jeito ...
É desse jeito que deveria ser
Oh você não sabe que agora Mamãe disse...
É desse jeito que vai continuar"
(That's The Way - Page/Plant)
Um comentário:
Vê se não vai ficar ligando para o menino, né? ahahahahah
Eu confesso que me divirto com as aventuras dessa duplinha aí!
Beijos.
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