Tantas palavras ...

Semana passada a prefeita Luizianne Lins resolveu lançar uma operação para enfrentar a buraqueira que tomou conta da cidade e das conversas na cidade inteira. Mais dessas do que daquela, mas a prefeita achou que tinha de lançar tomar a iniciativa pelas razões que ela mesma diz: “Na verdade, é muito mais uma operação tapa-boca da oposição (...) Esse não é o sentimento do povo de Fortaleza. Estão querendo criar, mas não é. (...) A cidade está em seu pleno funcionamento, apenas esburacada”. Mas no fim das contas quem determina a ação da Prefeitura? Segundo a prefeita, "se chover, não tem como tapar buraco. Mas, como a oposição insiste em, demagogicamente, dizer que a cidade só é buraco e ninguém toma atitude, nós vamos, na medida em que a chuva deixar, tapar buraco”.

Essas declarações foram feitas durante um entrevista em que a prefeita anunciou que não ia mais decretar estado de emergência porque não havia conseguido reunir informações e dados suficientes para justificar o decreto. Veja só o que a Luizianne falou sobre a situação de Fortaleza: “Nós estamos, de fato, em situação de emergência. Por quê? Porque os buracos são apenas o começo do nosso problema. Todo mundo sabe que em época de chuva os postos de saúde lotam. Tem possibilidade concreta, em qualquer lugar do mundo, de ter epidemia”, argumenta. Logo em seguida, ela afirmou que imaginava “uma situação muito mais grave do ponto de vista social” do que foi detectado." Viu aí? Lembra do que foi dito lá em cima? Afinal a cidade tá "apenas esburacada" ou "os buracos são apenas o começo do problema"? Eu gosto de fazer a trasncrição literal das palavras pra depois num dizerem que andei inventando. Taí, pode tirar suas conclusões!

Pro final eu deixei essa pérola da gestora de Fortaleza: “Me interessa saber qual é a evolução dele. Se ele vai abrir do novo, se ele vai ficar fechado. Por favor, eu peço a atenção de vocês (jornalistas) para monitorar a vida desse buraco a partir de hoje”. Sem palavras!