quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dia de vaqueiro

Eu nasci pra ser vaqueiro
Sou mais feliz brasileiro
Eu num invejo dinheiro
Nem diploma de doutor

Patativa do Assaré



Hoje é o Dia do Vaqueiro, por sinal muito bem pintado aí pelo Raimundo Cela, camocinense nascido em Sobral. Aprendi isso tem pouco mais de ano e fiquei muito feliz de compartilhar a data com esse personagem sertanejo, que aprendi a respeitar desde menino. Foi por isso que me larguei hoje de Fortaleza, acompanhado do meu filhote Guilherme e mais três meninas sobrinhas, Clarinha, Lia e Luciana, no rumo do meu sertão. Vim aqui buscar meus gás natural, renovar minha energia de viver. Aqui estão Dotô Luciano e Domaducarmo (ela me ligou cedinho e, como sempre faz, cantou o "Parabéns" todinho, desejou muita felicidade e me deixou nas mãos da fé dela) que receberam eu e meu menino com festa e alegria. Hoje vou encontrar mais gente de bem querer, comer bolo com guaraná Delrio, me emocionar e sentir mais ainda o gosto bom de viver.

Ainda fico aqui até domingo. Tenho planos de "ir pra Lua"e lá escutar o violão do João Rodrigues, tomar uns goles na noite de lua minguante, sorrir com amigos e entes queridos. Mas também planejei tirar uma noite no sertão e tomar um leite mugido com o Guilherme (meu menino num sabe desse sabor). Tem pouca coisa melhor na vida do que isso que decidi fazer, que faz tempo que num faço e sei que vou ficar um tempo largo sem fazer. Daqui vou voltar mais velho, mais vivido, mais seguro de viver e envelhecer mais feliz ainda.

Quero aqui nessa beiradinha só fazer uma lembrança dum vaqueiro de porte nobre, que tava sempre "vestido no couro", nem que fosse só de perneira e sandália, e montava o "Lazão", cavalo que depois herdei de montaria. Seu Zé Simão trabalhava pro meu avô Clodoveu Arruda, pai do "Dotô". Seu Zé, receba minhas homenagens nesse dia nosso, campeie gado por aí onde estivere solte o aboio nesses campos sem fim.

2 comentários:

Joan disse...

Meu caro, acho que essa foi uma das postagens mais emocionadas que você já fez. Um grande abraço.

Inácio Carvalho disse...

caro Mestre matuto, sou assim desde menino, desde muito pequenino.
Grato por sua amizade