terça-feira, 2 de junho de 2009

Mesa boêmia

Daqui uns dias o Joan Edessom, meu amigo de muitas histórias, vai lançar em forma do livro intitulado "Nem um dia sem uma linha", a sua dissertação de mestrado - passei a chamá-lo Mestre Matuto - que analisa a trajetória do Padre Osvaldo, que foi meu professor de português. Na primeira página ele inicia a "lista de agradecimentos imensa" assim: "Inácio Carvalho e Gilvan Paiva, amigos queridos, que falaram primeiro sobre o padre Osvaldo, e muitas indagações ouviram ao longo desse tempo".

Pois bem, ele num conta, mas eu ou contar, que o Gilvan, ele e eu viramos um bocado de noites nessa cidade de Fortaleza "molhando a palavra", como dizia o finado Augusto. Como o Joan morava no interior (Cedro, Acaraú e agora Sobral - tinha que ser lá, né?) esses nossos papos aconteciam nos finais de semana de reunião do Comitê Estadual do PCdoB. Assunto pra tudo que é gosto, algumas vezes tínhamos também a companhia de um violão e obviamente de amigas e amigos. Nessas muitas ocasiões, e noutras também, é verdade, conversávamos sobre o Padre Osvaldo.

Numa dessas, depois de entrarmos sexta feira adentro e quase pegarmos com a mão o sol sol de sábado, fomos escolhidos para compor a mesa que dirigiria a reunião do PCdoB. A foto do início de 1992 num ajuda muito, mas tenho quase certeza que foi feita naquele dia meio fatídico em que nós daríamos qualquer coisa por uma rede e uns bons goles de água de côco. A ressaca era das maiores, mas disciplinadamente conduzimos a reunião.

3 comentários:

Fernanda disse...

Eita Inácio, espera só até o Miro Borges saber dessa!!!

Gilvan Paiva disse...

Quanta dedicação a causa meu caro!
Sempre achei que as melhores reuniões são aquelas que se completam com uma boa conversa e com a companhia maravilhosa de nossos amigos. Bom viver tudo isso!

Um abraço!

Joan disse...

O Gil era magro, o Carvalho tinha cabelos, e eu, além de magro, ainda tinha cabelos pretos. A vida é transformação.