Taí uma coisinha boa pra eu gostar é chuva. Quando chove de noite e eu tô em casa, na hora de dormir começo o sono numa rede que tá sempre armada na varanda. É bom demais se embalar com aquele barulhinho gostoso e um friozinho que joga a gente debaixo do lençol. Quando era mais menino do que hoje gostava de sair na rua pra tomar banho de chuva, curtia uma bica de jacaré, tomava banho até no rio Acaraú pra curtir os pingos batendo na água. Lembro também quando já morava em Fortaleza e voltava do Colégio Cearense debaixo dum toró sem fim. Num tinha problema, botava a pasta de livros debaixo da camisa do colégio e diminuia as passadas só pra prolongar o banho com roupa e tudo. Às vezes sobrava um carão da Mãe Teresa por conta da farda molhada e do risco de pegar uma gripe, mas a satisfação compensava o relho.
Mas e depois da chuva? Pois é, falei isso aí em cima pra dizer que depois da chuva fica um climazinho gostoso e tem gente que faz arte disso. E foi justamente uma arte dessas que encontrei no blog desfocado do Adeodato e trouxe aqui pra você curtir. Aproveite que dá até uma paz danada.
Olhe, antes que alguém venha aqui reclamar de que eu num me toco com o sofrimento do povo com as enchentes eu vou logo dizendo me parte a alma ver o sofrimento da gente minha, ainda mais porque o sofrimento dela é maior quando a chuva escasseia. Sei demais o que é vida nas terras áridas do sertão e por essa razão digo aqui o o sertanejo gosta demais da chuva e do bem que ela faz, por isso gosta também do depois da chuva. E tenho dito!
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