
Pensei que o encanto maior fosse o Museu do Petróleo, onde se vê toda a interessante descoberta do óleo na cidade, que saia pelas torneiras das casas, e o Hotel Thermas com suas piscinas de águas quentes. Nem gostei tanto de ficar dentro dágua num calor danado. De noite até que é legal ficar de molho a mais de 40 graus, mas de dia, no meio do sol, é uma coisa muito doida mesmo. Meu encanto mesmo, e do Guilherme, foi o Lajedo da Soledade, um lugar onde o sertão já foi mar e hoje é uma incrível sítio arqueológico.
Sempre me emociono quando vou a um lugar onde aconteceram fatos históricos marcantes. Pra mim é demais mesmo estar num canto que só conhecia por leitura e estudo. Mas nunca tinha ida ao lugar como aquele. Imaginar que naquele lugar, há milhares de anos, seres humanos começavam a habitar essa terra, a constituir uma cultura simplória para os dias de hoje, mas extremamente complexa para aquelas pessoas ainda muito primitivas, é algo formidável.

O Guilherme ficou, tal qual o pai, maravilhado e achei muito bonito ele querer assinar o livro de visitas pela segunda vez. Entendi porque ele, que tanto gosta de arqueologia, apesar de seus ainda 10 anos, ter insistido tanto em voltar àquele lugar onde estivera no ano passado. Dessa vez vez questão de me ter ao seu lado e isso me deixou ainda mais feliz.
Ao longo da visita, que durou menos


Não sei quantas vezes mais ainda voltarei àquele lugar e irei a outros como a Serra da Capivara, no Piaui, da Domaducarmo, minha mãe, e em Santana do Cariri, aqui no meu Ceará. Por perto da minha Sobral e na Serra da Ibiapaba também tem uns sítios arqueológicos, mas ainda não há nada organizado e tudo ainda é muito pouco pesquisado e estudado. Mas não é de se estranhar que isso ocorra num estado, que, como outros, decretou a inexistência de índios já no século 19. Imagine quanta bobagem, né? Nossos povos primeiros ainda estão vivos e por aqui, lutando por sua afirmação. Nessa semana mesmo um índio tomou posse como vereador do PCdoB lá em Crateús, onde o prefeito também é camarada meu. Vou querer ir nesses lugares e, com cetrteza levarei meu Guilherme, que não larga de ser menino brincalhão, mas já se apega a essas coisas de gente que quer saber como nos formamos como gente, habitamos essa terra e a compartilhamos com os demais seres vivos.
3 comentários:
Adorei a matéria. Tomara que a Manu cresça logo pra gente ir explorar esse mundão também. rsss. Parabéns
Show de bola, como sempre! Saudade.
Guilherme como sempre deixa as tias "corujas" mortas de orgulho com tamanha curiosidade em saber o porquê das coisas.
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