Dolores, Zelinda e Luiza, as meninas, como elas se autodefinem
Uma gargalhada como essa da D. Dolores Feitosa a gente quase escuta só de olhar a foto, né? Pois ela uma criatura que todo mundo quer bem e razão é o que não falta. Vou dizer as minhas: pra começar vale o bairrismo, é sobralense, o que já muito. Quer mais? É destemida desde muito tempo. Na época que os generais "ensombrearam" o Brasil ela, junto com as outras duas meninas aí da foto, Dona Zelinda Torres e Dona Luiza ( que nos deixou no início do ano), ia pra rua junto com os jovens, participava de passeatas, "obrigava" padres a deixararem igrejas abertas para acolher os estudantes quando a repressão baixava o pau, e, como ela conta, "passava talco no cabelo pra polícia pensar que eu era uma velhinha entre os meninos que faziam manifestações".
Dona Maria Dolores de Andrade Feitosa num parou quieta na vida e junto com seu Joaquim Feitosa, amor de sua vida, é uma das pioneiras na luta ambiental do Ceará. Aos 85 anos, além de fazer palestras, participar de muitos eventos sobre ambientalismo e biodiversidade, preside a Fundação Bernardo Feitosa, o Museu Reginal dos Inhamuns, e ainda faz trabalhos sobre arqueologia e palentologia.
Por tantas razões assim, a Medalha Chico Mendes, concedida pelo Estado do Ceará pra quem se destaca na defesa do meio ambiente, este ano só podia ir pra essa criatura incrível e eu vou dar um afetuoso abraço em Dona Dolores logo mais, na Assembléia Legislativa. Além de parabenizá-la quero sorver um pouco dessa fleuma dessa gente que ri, tem gana, tem raça, tem força, sempre!!
2 comentários:
Ah que texto singelo e lindo!!!
Não há como ler esse texto da primeira a última linha sem um sorriso rasgado no rosto!
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