domingo, 5 de setembro de 2010

Pra cima, pra baixo


Durante mais de uma década prevaleceram no Brasil, e aqui no Ceará com muita força, as chamadas ideias neoliberais, cujo período mais marcante foi o governo FHC, mas é bom lembrar que coisas como privatização, estado mínimo, superávit fiscal e meta inflacionária, entre outros dogmas desse povo, surgiram com força no governo Collor. Quando os tucanos davam as cartas por aqui e acolá, isso tudo voltou com mais força ainda e as tranquinagens do caçador de marajás viraram quase brincadeiras de criança diante do que a turma do FHC, Serra, Tasso e outros aprontaram pra cima do Brasil e dos brasileiros.

Aquele período de desmonte do Brasil teve um corte a partir da eleição e posse do Lula, que mudou o rumo que o país vinha seguindo, priorizou de fato o desenvolvimento, gerou empregos, fortaleceu a nação brasileira aqui e pelo mundo a fora e adotou políticas públicas na educação, saúde, assistência social e outras áreas sociais que melhorarm a vida do povo. Nos últimos anos circulei muito pelo interior do Ceará e não tem um lugar em que o Lula não seja querido demais. Lembro que em 2006 fui à Crateús para fazer campanha pro Lula no segundo turno da eleição presidencial. Um dos lugares que nossa caravana visitou foi um bairro chamado Ilha, reduto tradicional do antigo PFL, hoje DEMo. Ali a gente temia alguma zanga pro nosso lado e o temor aumentou ainda mais quando encontramos uma aglomaração de moradores na entrada do bairro. Um deles foi logo dizendo: "Olhe aqui se vocês tão vindo fazer campanha pro Lula são bem vindos, mas se é pra falar do "Alki" - na verdade o Geraldo Alkmin - podem dar meia volta que nós aqui tudo vota no único Presidente da República que olhou pra nós". Nem precisa dizer que virou uma confraternização entre visitantes e visitados, que terminou num "pé de balcão".

Diante duam mudança tao grande na vida população dá pra entender porque a cada nova pesquisa o Lula bate seu próprio recorde de aprovação de seu governo. Já faz um bom tempo que mais de dois terços da população brasileira aprova Lula como presidente e agora já tá é ficando muito difícil achar quem o reprove. Pra se ter uma ideia, na última pesquisa do IBOPE, apenas 1% - umas 75 mil pessoas - acham que Lula faz um péssimo governo. Dá até pra imaginar quem são e onde estão a maioria dessas criaturas. É lógico que isso tem uma enorme repercussão na eleição desse ano e a mesma pesquisa mostra que no mesmo Ceará a Dilma tem 73% de intenção de votos do eleitorado, já o Serra tem 14% e olhe que já teve 23%. E oq ue vale pra Dilma, vale também pro Cid, que aumentou de 49% pra 61% a quantidade de eleitores que pretendem votar nele, enquanto que a dupla Lúcio Alcântara e Marcos Cals somava 33%, caiu pra 24%.

Esse sabe qualé seu rumo
No senado a parada ainda tá dureza, mas o Galego tá agoniado. Mesmo permanecendo com 63% das intenções de voto, Tasso sabe que não vai ficar com esses votos todos até o final da campanha. O risco que ele corre é grande. Pra começar o Eunício cresceu 8% e o Pimentel subiu 6%, ou seja, a medida que a campanha evolui, o time de Lula cai no gosto do povo. Como se não bastasse isso, 62% dos que dizem que votam no Tasso pra senador, também escolhem o Cid pra governador. Na pesquisa Datafolha, divulgada também nessa semana, 61% dos que indicam Tasso, também inidicam voto na Dilma. Agora o drama do galego: metade dos eleitores afima que vota no candidato a senador que o Lula indicar e como ele tá indicado Eunício e Pimentel, dá pra imaginar a agonia do chefão tucano. Sem falar que apenas um terço dos eleitores sabe que o voto esse ano é pra dois senadores, assim, como Tasso é mais conhecido, acaba tendo mais indicação. Mas como falei antes, a campanha tá evoluindo e a vitória no Ceará tem grandes possibilidades de ser completa.

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