“Não vivo a vida do cangaço por maldade minha. É pela maldade dos outros. Dos homens que não têm a coragem de lutar corpo a corpo como eu e vão matando a gente na sombra, nas tocaias covardes. Tenho que vingar a morte dos meus paes. Era menino quando os mataram. Bebi o sangue que jorrava da pelle de minha mãe, e beijando-lhe a boca fria e morta, jurei vinga-la... É por isso, que de rifle de costas, cruzando as estradas do sertão, deixo um rastro sangrento a procura dos assassinos de meus paes. (...) É por isso que eu sou cangaceiro. Não sei quando hei de deixar os horrores desta vida, onde o maior encanto, a maior belleza seria exttinguir a maldade daquelles que roubaram a vida de minha mãe e de meu pae e de minhas irmãs.”
( entrevista publicada pelo jornal O POVO, em 4 de junho de 1928)
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