O primeiro lugar de Moroni, com 30% na preferência estimulada, parece ser o teto do delegado. É preciso considerar que ele até ampliou seu apoio partidário ao conquistar o PP, do seu vice Alexandre Pereira, mas penso que, além de mais recursos financeiros, o homem das padarias acrescenta pouco capital político-eleitoral.
O discurso policialesco de Moroni já não tem o mesmo apelo, em boa parte graças ao efeito “Ronda do Quarteirão” e o candidato, que já acumulou três derrotas expressivas nas últimas disputas majoritárias que participou, vai ter muita dificuldade para agregar uma imagem de bom gestor, como apregoa em seu novo discurso. Aliás, soa muito falso tentar enfiar no seu jingle de campanha o bordão “deixa o homem trabalhar”. Essa é uma marca forte da eleição de Lula em 2006 e se tem alguém que não combina com o Presidente é justamente Moroni. Ninguém o impede de trabalhar, até porque não se sabe o que ele fez ou deixou de fazer nos últimos dois anos que andou afastado do Ceará. E mais, a rejeição do Moroni é alta, 24%, e isso parece revelar que o povo pode deixar o delegado trabalhar, mas numa delegacia e não na Prefeitura de Fortaleza.
Por fim, os 15% dele na preferência espontânea, metade da estimulada, revela ainda que o eleitor não lembra muito dele e isso exigirá muito esforço para recuperar sua base de apoio na periferia pobre da cidade, hoje bastante receptiva à ação da Prefeita Luizianne e do Governo Lula, ambos do PT
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