Mas eu num ia deixar passar esse dia sem contar uma passagem de nossa vida, quando éramos crianças. Acho que a gente tinha menos de dez anos e estávamos na piscina lá do Otoladorrio, o sítio do papai, começando a aprender a nadar. De repente eu mergulhei e fiquei boiando, "fingindo de morto". Escutei a Hilda me chamando, mexendo comigo, me agitando e eu lá, paradão boiando. Ela chamou mais forte, mais forte e eu naaaada. Aí minha irmã se agoniou e gritou, "Inááááááááácio, num morre não"! Num segurei mais o fingimento e comecei a rir. Prá que? Essa Hilda ficou arretada, me deu uns tapas, mas depois - depois mesmo, bem depois - rimos juntos da brincadeira de criança.
Somos assim, ela e eu, nós e nossos irmãos e irmãs. Nos queremos um bem danado, brincamos muito uns com os outros, compartilhamos a vida, mesmo que nem sempre estejamos juntos. E quando fazemos aniversário, queremos transmitir todo o carinho pro aniversariante. Beijos Hilda, beijos de um irmão que te admira demais, guerreira linda!
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