sábado, 1 de maio de 2010

Versos para o trabalhador

Muitos homenagearam os trabalhadores neste Primeiro de Maio que tá quase se findando, mas nunca devemos deixar de firmar a palavra de histórica "A Luta Continua" até que a exploração ao trabalhador tenha fim. Dentre as homenagens mais criativas eu destaco a de dois blogs de gente muita querida por mim: Fernanda do Val, meu bem querer, e seu Quebra Cabeça ou este Lado para Cima, e o Gilvan Paiva, meu amigo camarada há mais de 35 anos, e seu Blog do Gilvan Paiva e suas Cotidianas.

A Fê teve a bela ideia de fazer postagens de versos musicais temáticos e neste dia garimpou versos que falam sobre o trabalhador e o trabalho trabalho e a coisa ficou assim:Acordo sete horas, tomo ônibus lotado
Entro oito e meia, eu chego sempre atrasado
Sou boy, eu sou boy...
Sou boy (Kid Vinil)

Eu era lixeiro, você empregada
A gente se olhava e se encontrava na mesma calçada
O Lixeiro e a Empregada (Amado Batista)

Sanfoneiro toca
A noite inteira, dendocó
Tocador quer Beber (Carlos Diniz • Luiz Gonzaga)

Ô, marinheiro marinheiro, marinheiro só
Marinheiro Só (Caetano Veloso)

Fim de tarde na rede sonhava
Belo dia seria um vaqueiro
O Menino e os Carneiros (Geraldo Azevedo • C. Fernando)

Garçom! Aqui! Nessa mesa de bar
Garçom (Reginaldo Rossi)

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Já o Gil catou versos de Chico Buarque e Vinicius de Morais e os aprentou da seguinte forma:

Proletários de todo o mundo, uni-vos


Nunca o lema histórico dos trabalhadores - elaborado por Marx - esteve tão atual. O mundo quer paz. O capitalismo quer guerra. Os trabalhadores querem emprego e felicidade. O capitalismo quer miséria e exclusão de milhões. As crises são frequentes e a vida no planeta cada vez mais ameaçada. No dia internacional dos trabalhadores nada melhor do que homenageá-los com luta, música e a energia dos artistas. Um brinde! Tomem Vinicius e Chico Buarque, duas pérolas da poesia brasileira. Viva os que constróem o mundo!




Operário em Construção
Vinicius de Moraes

Era ele que erguia casas
Onde antes so' havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Nao sabia por exemplo
Que a casa de um homem e' um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa quer ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

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