domingo, 17 de abril de 2011

Chaplin, o sorriso bem elaborado

Não é fácil escolher a melhor cena de Chales Chaplin no cinema, há muitas. Em Luzes da Cidade uma das melhores é a que Carlitos passa por dentro do carro de um milionário para que a florista cega imagine que ele era um homem rico e não um vagabundo das ruas da cidade.  Já em Tempos Modernos a mais famosa é a da repetição na esteira da fábrica, uma crítica ao sistema de trabalho nas fábricas que automatiza os operários, mas há também a cena da bandeira vermelho que o Carlitos acena em frente à passeata e trabalhadores e é confundido com os manifestantes. Em o grande ditador dois momentos de uma mesma cena: o discurso e a brincadeira com o globo, tendo o ditador o mundo ao seu dispor. Eu citaria muitas outras, mas separei essa de O Garoto, quando a dupla arma é flagrada no esquema de quebrar vidraças para oferecer o serviço de conserto.



O que talvez pouca gente saiba é que Charles Chaplin era um perfeccionista incurável, que acompanhava quase todos os momentos de seus filmes e repetia uma gravação quantas vezes fosse necessária para que a cena ficasse bem próxima à perfeição. A cena que citei acima de Luzes da Cidades foi repetida mais de 100 vezes, mas no raro vídeo abaixo pode-se ver Chaplin repetir muitas vezes (pela claquete percebe-se que algumas dezenas) uma cena aparentemente sem muitos detalhes para nós, leigos, mas para ele tão importante quanto qualquer outra.



Ontem, dia 16 de abril, Charles Chaplin faria 122 anos, mas como ele é imortal ficou vivo em nossas memórias e nas cenas geniais que deixou para a eternidade.

Um comentário:

QuebraCabeça ou EsteLadoParaCima disse...

Chaplin, o eterno Carlitos, realmente é imortal e seus filmes são maravilhosos. Enquanto lia essa postagem me lembrei de mais duas cenas brilhantes em uma mesma sequencia de Em Busca do Ouro: a dança com os pãesinhos espetados nos garfos e na suculenta sopa de sapato, na qual os cadarços e os preguinhos são meticulosamente degustados. Vida longa a Charles Chaplin!