A cantilena mão-de-vaca
Alguns protestam numa clara demonstração de espírito mesquinho. Outros, por desconhecimento da realidade. Outros mais, apenas porque a ajuda financeira destinada ao Haiti é uma iniciativa do Governo Lula. Em plena campanha presidencial, a tropa conservadora enxergou no episódio a chance de faturar dividendos políticos. E passou a explorar demagogicamente a situação, impressionando os parvos com argumentos de lamentável mediocridade: "Aqui também tem pobreza...".
Sim, aqui também existe pobreza. Aliás, ela nunca foi tão combatida. Nenhum governante tem mais autoridade moral para prestar solidariedade a outros países do que o presidente Lula, em cuja gestão 20 milhões de brasileiros saíram da condição de miséria. Sob seu comando, o País se tornou a nona economia mundial, com PIB de quase US$ 2 trilhões. Retirar US$ 100 milhões para ajudar o Haiti representa tanto quanto subtrair um copo d-água da lagoa de Parangaba. Embora represente muito para os haitianos.
Agora, diante da catástrofe que se abateu sobre o Chile, vai-se reproduzir a cantilena mão-de-vaca? & "Aqui também tem pobreza...". Sabe-se que a Bolívia, país pobre, já destinou ajuda aos vizinhos chilenos, um povo que, até recentemente, ia muito bem de vida, navegando na economia mais sólida do continente. É assim que funciona a ajuda humanitária internacional. No momento em que aflora uma catástrofe com a dimensão das que castigaram o Haiti e o Chile, não se trata de agarrar-se a sentimentos provincianos e recolher-se à contemplação dos próprios problemas (dificuldades, todos têm). A hora será de se afirmar como cidadão do mundo, sensível diante do sofrimento humano. O planeta, afinal, é muito pequeno para que se queira compartimentar o território da solidariedade.
Não se pode permitir que a avareza, a ignorância ou interesses políticos mesquinhos venham tolher o gesto fraterno. Embora saibamos, desde Voltaire, que "é difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram".
Alguns protestam numa clara demonstração de espírito mesquinho. Outros, por desconhecimento da realidade. Outros mais, apenas porque a ajuda financeira destinada ao Haiti é uma iniciativa do Governo Lula. Em plena campanha presidencial, a tropa conservadora enxergou no episódio a chance de faturar dividendos políticos. E passou a explorar demagogicamente a situação, impressionando os parvos com argumentos de lamentável mediocridade: "Aqui também tem pobreza...".
Sim, aqui também existe pobreza. Aliás, ela nunca foi tão combatida. Nenhum governante tem mais autoridade moral para prestar solidariedade a outros países do que o presidente Lula, em cuja gestão 20 milhões de brasileiros saíram da condição de miséria. Sob seu comando, o País se tornou a nona economia mundial, com PIB de quase US$ 2 trilhões. Retirar US$ 100 milhões para ajudar o Haiti representa tanto quanto subtrair um copo d-água da lagoa de Parangaba. Embora represente muito para os haitianos.
Agora, diante da catástrofe que se abateu sobre o Chile, vai-se reproduzir a cantilena mão-de-vaca? & "Aqui também tem pobreza...". Sabe-se que a Bolívia, país pobre, já destinou ajuda aos vizinhos chilenos, um povo que, até recentemente, ia muito bem de vida, navegando na economia mais sólida do continente. É assim que funciona a ajuda humanitária internacional. No momento em que aflora uma catástrofe com a dimensão das que castigaram o Haiti e o Chile, não se trata de agarrar-se a sentimentos provincianos e recolher-se à contemplação dos próprios problemas (dificuldades, todos têm). A hora será de se afirmar como cidadão do mundo, sensível diante do sofrimento humano. O planeta, afinal, é muito pequeno para que se queira compartimentar o território da solidariedade.
Não se pode permitir que a avareza, a ignorância ou interesses políticos mesquinhos venham tolher o gesto fraterno. Embora saibamos, desde Voltaire, que "é difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram".
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