Numa "área nobre" de Fortaleza, onde moram pessoas muito "esclarecidas" foi instalada essa "ratoeira pra cachorros" como definiu um leitor do Blog do Plínio Bortolotti, que denunciou essa barbaridade da seguinte forma:
"Já ouvi reclamações de assessores da Prefeitura por nomear de Fortaleza, terra de ninguém, a seção neste blog em que exponho as nossas demasiadas mazelas urbanas.
Mas observem como cada um faz o que quer, das ruas e calçadas, sem que nenhum órgão público imponha limites.
A cerca que vocês veem na foto acima, normalmente posta no alto dos muros, o condomínio que fica na esquina das ruas Ana Bilhar e Joaquim Nabuco, resolveu fixá-la no chão, em ambas as frentes do prédio.
Já ouvi chamarem este equipamento de “cerca israelense”, mas na internet descobri que seu nome comercial é “concertina”.
A cerca é prefuro-cortante, com pontas afiadíssimas, e pode ferir grevemente uma pessoa. Nem ao menos um aviso os responsáveis pelo prédio tomaram o cuidado de pôr para alertar distraídos passantes.
E se algum pedestre se machucar; se uma criança cair sobre a cerca?
De quem é a responsabilidade?
Do condomínio?
Da Prefeitura [pela Executiva Regional II ou pela Semam - Secretaria do Meio Ambiente e do Controle Urbano]?
Do Ministério Público?"
Um jardineiro do condomínio justificou o aparato da seguinte forma:
"É pra espantar os cachorros da zona, pra num vim mais arriar massa no nosso canteirim. Aqui num passa menino não, nunca vi!"
Por lá deixei o seguinte comentário:
"Plínio eu espero muito que essa sua denúncia repercuta de fato junto à SER II para que esse absurdo seja retirado imediatamente. Quase diariamente passo por esse local, mas como sigo de carro nunca havia percebido. Vou ficar de olho até esse troço agressivo, egoísta e exemplo de falta de urbanidade seja retirado.
Onde já se viu usar algo assim para limitar a “arriada de massa canina” ? Na verdade é a paranóia louca das pessoas nada “esclarecidas”, cara Alessandra, que as leva a praticarem uma insanidade dessas. Tudo vale para isolar do mundo exterior aqueles que nada têm a ver com a vida lá fora. O que importa é a tranqulidade dentro dos condomínios luxuosos, dentro de cercas inexpugnáveis. O mundo que se dane. É assim que pensam os “esclarecidos”, enquanto que os “não esclarecidos” optam por uma calçadinha que lhes permita botar uma cadeira no fim de tarde e prosear na boca da noite com os vizinhos.
Valeu Plinio, espero que sua denúncia se amplifique. Da minha parte eu vou botar a boca no mundo".
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