sábado, 10 de julho de 2010

No Ceará, educação é assim

Os índices da Educação

Izolda Cela*

Qualquer um de nós, “especialista” ou não, que teve uma experiência suficientemente positiva na vida escolar, arrisca, com sucesso, algumas teses para explicar bons resultados de um processo educacional. Em síntese, a ideia de uma boa escola responde a isso, e, regra geral, as pessoas identificam os elementos essenciais que a caracterizam.


Então, para fazer com que os índices da Educação do Ceará perseverem na rota ascendente em que se encontram, devemos perseguir, obsessivamente, a boa escola para as crianças, meninos e meninas, juventude e adultos do nosso Estado. E quem nos responde sobre a figura da boa escola?

Para termos o pé bem firmado na realidade e para reconhecer e valorizar a prata da casa, que tal perguntar disso às boas escolas públicas do Ceará? Vamos, portanto, indagar àquelas que estão garimpando bons resultados nas séries iniciais do ensino fundamental que, ainda hoje, por incrível que pareça, representam um grande desafio nacional.

Para além das singularidades, muito provavelmente nós ouviremos dessas escolas sobre processos de liderança bem implantados, com forte senso de comprometimento e de unidade; são escolas que avançaram nas competências de gestão do pedagógico e o(a) diretor(a) dá conta do que se passa em cada sala de aula; os professores têm expectativas elevadas sobre o desempenho de seus alunos e se sentem apoiados pela direção; são escolas que acolhem as famílias e, delas, cobram atitudes de responsabilidade pela parte que lhes cabe. São escolas que, evidentemente, enfrentam dificuldades de diversas ordens, mas não fazem da queixa o carro-chefe de sua rotina. Com escolas assim, os alunos aprendem. Uma escola pode ser boa no espaço das felizes exceções. Aqui não se trata disso. Para melhorar os índices, é necessário ter boas redes de escolas. Também neste âmbito, o Ceará começa a ter algo a dizer.

O que se ouve destas redes que começam a avançar? Elas dizem sobre a presença de metas claras, com processos e insumos que permitem à escola trabalhar melhor, com acompanhamento rigoroso e avaliação dos resultados, com políticas de incentivo e reconhecimento ao esforço dos profissionais, com investimento na melhoria das estruturas e das condições de trabalho. Com redes assim, os índices educacionais do nosso Estado continuarão melhorando.

No que toca mais especificamente ao espaço político, a garantia real do status de prioridade à Educação. Cada governante precisa entender e sentir que os resultados são de sua responsabilidade. Além disso, investir no melhor dos esforços articulados entre os entes federativos para termos melhores condições de alcançar esta vitória. Com o melhor da política, os índices educacionais do nosso Estado seguirão melhorando. É este o compromisso do Governo Estadual.

*Secretária de Educação do Ceará

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