terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ocidente lá tem moral pra criticar a China...

Achei essa entrevista do sinólogo Elias Jabbour muito interessante. Um brasileiro-árabe, professor universitário e, literalmente, quase doutor em China falou pro Terra Magazine uma coisas que esclareceram muitas dúvidas do falso chinês aí da foto, que tá mesmo é de olhos abertos com tanta coisa interessante vinda lá do oriente. Vamos ler o que diz o tal sinólogo.


Opressão sobre o Tibete, falta de liberdade de expressão, inexistência de democracia, desrespeito aos direitos humanos. Em tempos de Olimpíada, esses são alguns dos problemas pelos quais a China é duramente criticada pelo países ocidentais. No entanto, para o sinólogo Elias Jabbour, o mundo ocidental está "desmoralizado" para criticar os chineses.

- Um país como a Inglaterra, que fez uma guerra contra a China para legalizar o consumo de drogas, pode falar alguma coisa de direitos humanos para a China? - questiona.

Autor do livro China: Infra-estruturas e Crescimento Econômico, Jabbour é pesquisador do Instituto Brasileiro de Estudos da China, Ásia e Pacífico (IBECAP) , professor do Núcleo de Estudos Asiáticos (NEAS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e colunista do Portal Vermelho. Atualmente, desenvolve tese de doutorado sobre a economia política do socialismo na China pela Universidade de São Paulo.

Jabbour acredita que os Jogos Olimpícos são uma oportunidade para a China "mostrar que tem voz no mundo". Ele, no entanto, não crê que as Olimpíadas contribuam para a democratização do país.

- Eu acredito que isso não acelera a liberalização. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa - afirma.

Em entrevista a Terra Magazine, o especialista fala sobre a situação econômica da China e sobre as tendências de reforma existentes dentro do país, além de discutir o chamado "socialismo com características chinesas".

- Essa estratégia de desenvolver primeiro o litoral e depois o interior do país foi uma grande jogada. O que está acontecendo na China hoje talvez seja a maior transferência territorial de renda da história da humanidade - diz.

2 comentários:

Pedro disse...

Nossa!! Lendo a entrevista do Sinólogo fiquei imaginando que a China na verdade é um paraíso, o Jardim do Édem. Achei que era aquele país onde um tal Mao matou uns 50 milhões de chineses (por baixo umas 10 vezes mais do que Hitler), mas devo realmente estar enganado! Viva o Comunismo! Aliás, acho que tanto o entrevistado quanto o entrevistador deviam experimentar morar lá ou em Cuba!!

Pedro

Inácio Carvalho disse...

ô Pedro, também num precisava se ligar tanto nessa linha que faz a gente imaginar que você também acredita em duendes. Imagino que cada um pode fazer o juízo de valor que quiser sobre o que disse o Elias, por isso eu não fiz nenhum comentário induzindo tal leitura. Agora, imagino que você deve ser um rapaz já bem grandinho e com certa capacidade de análise das coisas. Sua opinião sobre os países socialistas e o próprio comunismo é um posicionamento ideológico que eu respeito, mesmo achando que é equivocado, limitado até, mas respeito, viu?
Ah, eu não posso transmitir as suas recomendações para o entrevistador e o entrevistado, mas lhe digo que gostaria muito de conhcer mais de perto as experiências da China e de Cuba, mas minha luta mesmo é pra construir a nossa experiência de transformação da sociedade brasileira. Você está convidado a contruir esse sonho. Um abraço, INácio Carvalho

aaaahhh...é Pedro de que mesmo? aqui num tem censura não, viu?