quinta-feira, 26 de março de 2009

Correspondência pública

Num sei como, mas o meu email foi parar na lista do boletim do Tasso Jereissati e de vez em quando chega um "boletim eletrônico", intitulado Notícias do Senado. Bom, pra começar deveria se chamar "Notícia do Senador Tasso Jereissati". Primeiro porque geralmente só vem uma única notícia, e segundo porque a dita cuja é só sobre o dito senador. Portanto a coisa já vem torta logo no começo. Um outro detalhe é que senador tucano adotou uma longuagem na primeira pessoa, masi coloquial e ainda pôs uma assinatura virtual ao final, que infelizmente não consegui copiar e reproduzir aqui. Sinal dos tempos. Vai se aproximando o ano eleitoral e o cabra vai tentando ser mais simpático.

Bom, mas deixemos a forma de lado e vamos ao conteúdo. O "Notícias..." que chegou ontem fala duma audiência realizada na tal de Comissão da Crise - imagine se o Congresso tivesse criado uma comissão pra cada crise no Governo FHC, ia faltar parlamentar - com o Presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli. Li a história contada pelo Tasso, mas respondi. Aí embaixo tão o que ele mandou e o que eu mandei de volta. Dê uma espiada.


Diz ele:

EM DEFESA DA REDUÇÃO DO PREÇO DA GASOLINA

Dando continuidade às audiências públicas que estão sendo realizadas no âmbito da Comissão de Crise, compareceu ontem ao Senado Federal o Presidente da Petrobras, Sr. Sérgio Gabrielli. Entre muitos questionamentos, perguntei ao Sr. Sérgio Gabrielli por que os preços dos combustíveis no Brasil estão mais altos que em outros países como Bélgica, França, Estados Unidos, Holanda, Itália, Alemanha e Reino Unido, países que reduziram o preço do combustível ao consumidor, acompanhando a queda do preço do barril do petróleo. Enfatizei que temos hoje no Brasil uma defasagem gigantesca em relação à média internacional. A minha grande preocupação, que não foi respondida pelo Sr. Gabrielli, é que a Petrobras esteja enfrentando problemas de caixa, decorrentes de uma política equivocada de preços no passado recente, quando os preços foram mantidos baixos artificialmente, apesar de o barril de petróleo estar muito caro. Não teria sido por uma decisão eleitoreira? Se foi, essa irresponsabilidade do governo Lula levou a Petrobrás aos problemas financeiros que agora impedem os brasileiros de se beneficiarem da redução dos preços da gasolina. Ou seja, o povo acaba sempre por pagar a conta.
Tasso

E disse eu:

Mas é mesmo muita cara de pau sua, senhor senador!Vir com esse papo de equívocos do governo em relação à política de preços dos combustíveis. Esse seu boletim e o senhor deveriam deixar de passar informação incompleta pois sabem que a composição do preço dos combustíveis é muito mais complexa do essa simplificação grosseira que o senhor anda fazendo.Ademais, o povo brasileiro se livrou da demotucanagem que privatizou as telecomunicações e a distribuição de energia elétrica e o mesmo tempo findou com a política de subsídios cruzados que permitia uma política tarifária em benefício da população. Imagine só se vocês tivessem privatizado a Petrobrás, ou Petrobrax, como tentaram? Os preços dos combustíveis estariam sendo determinados pelas multinacionais do petróleo e não pelo poder público, de forma soberana.
Acho que a Petrobrás terá que ampliar sua produção e incluir óleo de peroba pra passar nesse time cara de pau que é a oposição brasileira.
E vai cuidar da vida, galego, que o povo do Ceará pode te tirar essa boquinha do Senado.


Inácio Carvalho

PS. Caro assessor, sei que dificilmente o seu assessorado terá oprtunidade de ler o que escrevi, mas escrevi e tá aí pra vocês. Se mandam, sem que eu tenha pedido, esse boletim, pois que recebam e leiam o que retorna.

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