Uma luta comum

Se alguém me encontrar numa locadora de filmes dificilmente vai me ver procurando os últimos lançamentos, ou filmes que fizeram muito sucesso. Não é que eu já os tenha assistido, eu até ando meio ausente dos cinemas a não ser os filmes infantis, que vou a todos com o Guilherme, faz um certo tempo que não vou ao cinema. Pois bem, nas locadoras o mais provável é que eu procure filmes que tão lá nas prateleiras de baixo, procurando um filme pouco assitido, ou "ilustres desconhecidos".

Há uns dias atrás, mais precisamente no sábado de carnaval, entrei numa locadora e tava lá, se sentado no chão quando vi tal de Terra Fria (aqui tem o trailer e um monte de informação) que trata da luta das primeiras operárias a trabalharem numa mina dos Estados Unidos. Bendita hora que eu peguei aquele filme pra assistir. É muito bom mesmo. Na verdade é a história real da primeira vitória das trabalhadoras americanas contra o assédio sexual. O episódio aconteceu no Estado de Minesotta, na década de 80 e a vitória final só foi possível há pouco mais de 10 anos. No filme a coisa acontece num período mais curto, por isso vale a pena assistir um documentária que vem nos Extras e saber como foi mesmo a luta das operárias. Elas estão lá, dão depoimentos e nos emocionam com sua garra.

Além da história, Terra Fria tem detalhes que o tornam mais interessante. Pra começar o elenco é muito bom e dá conta do recado. Nenhuma estrela de primeira grandeza, mas o que dizer duma Frances McDormand, que arrebenta como uma liderança sindical? Tem gente como Sissy Spacek, que tem uma passagem tão sutil e bela que comove, e a própria atriz principal Chalize Theron, que eu confesso nem lembrar dela noutros filmes e também vai muito bem. Tem gente que a a gente já viu outras vezes mas num lembra bem o nome e uam coisa bem legal, no final algumas operárias que participaram da luta real também estão, mas só sabe quem assiste o extra. Pra arrebentar a maior parte da trilha sonora é do Bob Dylan, inclusive com uma música chamada "Girls From North Country" e outras tantas muito legais.

O filme é muito legal mesm o e eu até já soube que foi utilizado em eventos de entidades das mulheres pra provocar debates. Sugiro que seja assitido por homens e mulheres, juntos, afinal a luta é comum.