DINHEIRO COM POLÍTICA
Após boiar um bom tempo em óleo fervente, Antonio Francisco de Lima Neto foi substituído na presidência do Banco do Brasil por Aldemir Bendine. Um dos motivos oficiais é a agressividade com que a instituição deve conduzir sua política de juros. Nada mal, do ponto de vista da clientela, diante dos índices pornográficos praticados no País. Mas há um lado pouco explorado nessa história. Bendine é ligadíssimo ao presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, que fez carreira política no sindicalismo bancário paulista. Numa versão light, o PT amplia – e muito -, seu raio de influência no maior banco público do País a um ano e meio da corrida presidencial.
Agora vou eu daqui:
1. Começando pelo título da nota, o que é mesmo que tem a ver uma coisa com a outra?
2. Dá pra perceber bem que o jornalista acha mais importante a fofoca de que o Bendine é amigo do Berzoini do que a decisão política do governo em substituir alguém que não tá a fim de seguir a orientação política de reduzir os juros. E isso também não diz respeito apenas à clientela, como o rapaz aí pensa, afinal a repercussão é muito maior para o impulso que deve ser dado ao desenvolvimento, que fica preso pelos altos juros.
3. A conclusão do moço é ainda mais lastimável e tem tudo a ver com a paranóia tucana que em tudo que o governo faz vê a disputa presidencial de 2010. Outra vez ele esquece o fundamental e foca o secundário. O que pode garantir a vitória da candidatura de Lula no ano que vem é justamente o bom desempenho da economia, uma travessia razoável da crise capitalista e não um cargo a mais que o PT venha a ocupar no governo por ele hegemonizado.
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