domingo, 12 de abril de 2009

Fala a guerrilheira

Em 28 de marco de 2005 o jornal cearense O POVO publicou uma entrevista da ex-guerrilheira do Araguaia, Luzia Reis, e hoje, em homenagem a todos que ali lutaram, recomendo que você leia o que disse aquela brava mulher.

LUZIA REIS

Em memória dos companheiros desaparecidos

Foram muitos os desdobramentos após a implantação do Regime Militar no Brasil. Para a ex-guerrilheira Luzia Reis, um capítulo que ainda permanece sombrio e incompleto é o que se refere aos confrontos da região do Araguaia.


Passados 41 anos da instalação do Regime Militar no Brasil (1964-1985), algumas feridas permanecem abertas. Uma delas, é falta de informações sobre quem não resistiu à Ditadura e virou "desaparecido". É o caso do cearense Bergson Gurjão Farias e um grupo de guerrilheiros mortos durante os confrontos com as Forças Armadas na região do Araguaia (Pará).

Quem sobreviveu, como a ex-guerrilheira baiana "Lúcia" ou Luzia Reis Ribeiro, hoje com 56 anos, faz coro com as famílias de "mortos desaparecidos" pelo direito de saber o paradeiro de seus parentes e amigos. Recrutada pelo PCdoB, em 1968, para engrossar a resistência ao governo militar, Luzia reclama da morosidade governo federal em abrir os arquivos do período e identificar ossadas de supostos militantes.

Não fomos de imediato sabendo que ia ser a guerrilha, porque foi o ataque da repressão que causou a guerrilha. Sabíamos que era um trabalho de campo que ia nos preparar para uma guerra popular. A gente lia os documentos, sabia que o PCdoB optou pela luta armada contra a ditadura. Mas não sabíamos do local e que seria de imediato. Nem eles sabiam.



Confira a entrevista toda clicando bem aqui

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