quinta-feira, 26 de março de 2009

Marginal chic

Essa tal de Lula é mesmo um cabra enjoado, num respeita nem as respeitáveis damas da fina flor paulistana!! Onde já se viu deixar um bando de policiais federais invadir a mais refinada loja da locomotiva nacional, a Daslu, onde trabalha até a filha do ex-governador de São Paulo e ex-candidato a Presidente, Geraldo Alckmin, e prender a própria dona da maison trés chic? É por isso que a advogada da senhora Eliana Tranchesi vai entrar com um habeas corpus pra liberar sua sofisticada cliente das masmorras com argumentos de que sua prisão é "excêntrica", e até "inconstitucional", afinal a mulher tá doente, se cuidando dum câncer, coisa muito mais séria do que sonegar impostos, fazer contrabando, falsificar documentos, subfaturar mercadorias na compra e vender pelos preços mais altos do país. Tudo coisa boba, sem nehum signicado.

No tempo do FHC num tinha disso. As "pessoas de bem" eram respeitadas em seus sagrados estabelecimentos de trabalho. O tucanão mesmo disse segunda feira passada, no programa Roda Viva, da TV Cultura que o Lula devia era combater a "corrupção endêmica" que existe no atual governo. Ele disse ainda: "A diferença [entre a minha administração e atual] é de atitude: não posso dizer que não teve, mas garanto que eu não compactuei com ela. Nunca passei a mão na cabeça de corrupto [ao contrário do presidente Lula]''.


Fui buscar ajuda do jornalista Altamiro Borges para lhe mostrar como FHC respeitou os cidadãos honoráveis desse país, ao invés de agridí-los com investigações desrespeitosas, como nesse caso Daslu.

Sivam. Logo no início do primeiro mandato de FHC, denúncias de corrupção e de tráfico de influencias no contrato de US$ 1,4 bilhão na criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram o um ministro e dois assessores do presidente. Mas a CPI instalada no Congresso, após intensa pressão, foi esvaziada pelos aliados do governo e resultou apenas num relatório com informações requentadas ao Ministério Público.

- Pasta Rosa. Pouco depois, em agosto de 1995, eclodiu a crise dos bancos Econômico (BA), Mercantil (PE) e Comercial (SP). Através do Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro (Proer), FHC beneficiou com R$ 9,6 bilhões o Econômico numa jogada política para favorecer o seu aliado ACM. A CPI instalada não durou cinco meses, justificou o ''socorro'' aos bancos quebrados e nem sequer averiguou o conteúdo da pasta rosa, que trazia o nome de 25 deputados subornados pelo Banco Econômico.

- Precatórios. Em novembro de 1996 veio à tona a falcatrua do pagamento de títulos no Departamento de Estradas de Rodagem (Dner). Os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios para a quadrilha que comandava o esquema, resultando num prejuízo à União de quase R$ 3 bilhões. A sujeira resultou na extinção do órgão, mas os aliados de FHC impediram a criação da CPI para investigar o caso.

- Compra de votos. Em 1997, gravações telefônicas colocaram sob forte suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiria a reeleição de FHC. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, teriam recebido R$ 200 mil para votar no projeto. Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas o pedido da CPI foi bombardeado pelos governistas.

- Desvalorização do real. Num nítido estelionato eleitoral, FHC promoveu a desvalorização do real no início de 1999. Para piorar, socorreu com R$ 1,6 bilhão os bancos Marka e FonteCidam - ambos com vínculos com tucanos de alta plumagem. A proposta de criação da CPI tramitou durante dois anos na Câmara Federal e foi arquivada por pressão da bancada governista.

- Privataria. Durante a privatização da Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles articulavam o apoio da Previ, o Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado de R$ 24 bilhões. Apesar do escândalo, o governo sabotou a instalação da CPI. O outro envolvido neste escândalo foi Daniel Dantas, o especulador ''muito competente'', segundo outra besteira dita recentemente por FHC.

- Eduardo Jorge. O secretário-geral de FHC foi alvo de inúmeras denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois para a reeleição; lobby para favorecer empresas de informática com contratos no valor de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; e uso de recursos dos fundos de pensão nas privatizações.

- CPI da Corrupção. Em 2001, chafurdando na lama, o governo ainda bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra a sua triste gestão. Foram arrolados 28 casos de corrupção, que depois se concentraram nas falcatruas da Sudam, na privatização da Telebrás e no envolvimento do ex-ministro Eduardo Jorge.
Pra saber mais sobre as tranquinagens da Dona Eliana Tranchesi, clique bem aqui

Um comentário:

Renata Mielli disse...

Pra vc ver que daqui a pouco os vai precisar ter dicas de moda e comportamento para os chiques confinados... rsrsrsr