Uma prosa boa entre dois Inácios |
A primeira história curiosa foi em 1982, quando foi criado em Fortaleza o Comitê de Solidariedade ao Povo de El Salvador, que sob a liderança da FMLN, atual partido dirigente do país, construia sua revolução. Os dois Inácios participavam das reuniões, assim como muitos outros pessoas, entre elas o professor Reynaldo Cuê, cubano de origem. Pra inibir a iniciativa a Polícia Federal instaurou um inquérito para tentar expulsar o professor. Vários participantes do comitê foram chamados a depor e a todos era perguntado quem era o Inácio, representante da Tribuna Operária. Ninguém dava detalhes e até nem lembrava direito o nome das pessoas. Ninguém facilitava a vida da repressão, como mostrou Dilma. Resultando, nenhum dos Inácios foi chamado, porque os caras não sabiam qual deviam notificar.
Noutra ocasião, Inácio Arruda era deputado estadual e eu seu chefe de gabinete. Certa vez fui ao Banco do Brasil pra pegar um talonário de cheques pra mim e o bancário que me atendeu disse que somente o titular poderia pegar. falei que eu era o titular e ele insistiu que não, já que o titular verdadeiro era o deputado estadual. Tive que mostrar minha carteira de identidade para provar que eu era eu mesmo.
Inácio e eu trabalhamos juntos, em diferentes mandatos que ele exerceu, e de tanto as pessoas chamarem por um Inácio, alguém perguntava: "o Arruda ou o Carvalho?". Ele ficou mais com o nome, eu com o sobrenome e nossa amizade já tá perto de completar 30 anos.
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