Na campanha eleitoral de 2006, o debate sobre as privatizações também pegou os tucanos de mal jeito no segundo turno. Os emplumados fizeram de tudo pra se livrar da pecha de terem desmontado o patrimônio nacional, de terem retirado grande parte das possibilidades do estado brasileiro impulsionar o desenvolvimento nacional através das empresas estatais e dos bancos públicos. É só dar uma olhada no papel que jogaram o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES e a própria Petrobras na hora em que a crise capitalista bateu forte na porta do Brasil em 2008. Se tivessem privatizadas no governo anterior, o Lula não teria como livrar o Brasil da tal crise. Naquela eleição, o Alckmin chegou a se vestir, pateticamente, com uma jaqueta cheia de logomarcas das estatais. Mas a aparência nada tinha a ver com a essência.
Agora o tema volta de novo e os tucanos, de novo, tentam se livrar da má fama de vendilhões da pátria e buscam jogar a privatização pra cima do Lula e da Dilma. Mas o povo não é nada bobo e sabe o mal que o PSDB fez. Na tentativa de reverter a situação nada favorável, Serra vai falar que o Petrobras foi vendida pra empresas estrangeiras, que o governo Lula não topou desprivatizar a Vale, que o Dutra e o Palocci elogiaram a privatização das telecomunicações, etc e tal. Mas o fato concreto, inegável, é que no debate desta eleição o que está sendo discutido é o mal que significou o desmonte quase total do estado nacional feito pelo FHC e planejado pelo Serra. É isso que está em discussão e é o que eles tentam esconder.
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