Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado em Bilbao (norte de Espanha) pela participação da seleção basca de futebol em torneios internacionais. "Nações como a Grã-Bretanha permitem, sem nenhuma exigência, que as seleções da Escócia, ou do País de Gales, participem de torneios internacionais com equipes próprias, e reivindicamos esse mesmo direito aos Estados espanhol e francês", disse Elisa Sainz de Murieta, secretária da organização de Eusko Alkartasuna (EA), um partido nacionalista. (Você percebeu que só falta um "T" pra igualar com a ETA, que se chama Euskadi Ta Askatasuna, País Vasco y Libertad, em espanhol?),
Os manifestantes caminhavam atrás de uma faixa, na qual se lia o lema "Euskal Herria, nazio bat, selekzio bat, federazio bat" (Euskal Herria, uma nação, uma seleção, uma federação). Uma seleção basca de futebol, oriunda das regiões bascas de Espanha e França, existe, mas não é reconhecida oficialmente pelas instâncias competentes, entre elas a Uefa, podendo disputar apenas jogos amistosos.
Orgulho sobralense
Num sei é porque já estou em Sobral há quase uma semana e ando meio sem ter o que fazer, mas depois de ler essa notícia acima, fiquei pensando se num é o caso de reinvindicar uma seleção autônoma de Sobral. Seria mais do que justo.
Pra começar a gente num ia querer cobrar nada da FIFA não. E o motivo é um só, não criar embaraços pra Seleção Brasileira chegar até a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. Sei que ainda não temos time pra chegar lá com a seleção sobralense, mas vai que o Dunga falha mesmo, aí iam dizer que Sobral atrapalhou. Agora, a Copa América eu acho que daria pra gente encarar. É só ver o que têm feito seleções sem nenhuma tradição de futebol e mesmo a "Canarinha", que anda fazendo feio.
Pensando bem, poderíamos montar a equipe técnica a partir da dupla Teco-Teco e Nagib Marques. Qualquer um dos dois poderia ser o técnico e o outro o auxiliar, ou mesmo formaríamos uma dupla-técnica e já chegaríamos inovando. Como dirigente da seleção poderia ficar o Luiz Torquato que é pra nivelar com o Ricardo Teixeira, os dois sabem muito bem os caminhos tortuosos das pedras. Já temos estádio, o Juncão, que poderia ser também ampliado com melhores instalações para fazer um CT, na Serra da Meruoca poderia ser instalado um lugar para a concentração e o areal do Rio Acaraú é ideal para aprimorar o condicionamento físico dos craques.
Por fim o hino e o uniforme. Se o Pedro Lavandeira ainda fosse vivo poderia ser o autor do hino, mas é preciso passar o bastão para os mais jovens e aí eu mesmo me encarregaria de falar com o meu grande amigo João Rodrigues, que faria uma bela canção a ser gravada pelo pessoal da Escola Municipal de Música. As cores do uniforme seriam o grená, o amarelo e o branco da nossa bandeira e aí ficaria por conta das excelentes costureiras da terrinha a concepção do modelo e a própria confecção do manto sangrado sobralense. Já o escudo do uniforme teria o Arco N. S. de Fátima fazendo o contorno, tendo ao centro a Coluna da Hora, que foi atualizada, ao lado duma carnaubeira, a árvore da vida.
Bom, só faltou eu falar do time, que num é minha especialidade, mas acho que a base poderia ser o Guarany de Sobral, que acaba de subir pra Primeira Divisão. Um problema seria manter o capetinha Clodoaldo no time, mas aí acho que ele não se recusaria adotar uma nova nacionalidade, afinal o Dunga num tá nem aí pro cara. Dito isto, vamos partir pra mobilização popular e articulação política, essas sim, minhas especialidades.
Uma coisinha a mais: Eu tenho um enorme respeito pela luta dos bascos e por isso destaquei essa questão da luta por sua seleção. Nestes tempos atuais em que se imagina que não mais existem fronteiras entre os países, um povo querer afirmar sua nacionalidade é justo e tem meu apoio. Pátria Basca e Liberdade!
Um comentário:
Não resta a menor dúvida, leitores Do Carvalho, que já existe um candidato à "cartola" dessa seleção...
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