quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Musica alma a dentro
Ontem a noite assisti Mar a Dentro e fiquei encantado com o próprio filme, com a atuação de Javier Barden (que coisa fantástica!!) e por reencontar a música do espanhol-gallego, Carlos Nuñez, que ouvi pela primeira vez numa das duas ocasiões em que fui a Espanha ( e não trouxe meu chapéu..hehe). Alguém pode estranhar ao ouvir um espanhol tocando gaita de foles já que é comum se ver escoceses tocando-a. Na verdade a gaita é celta, assim com parte do norte da Espanha, da Irlanda e da própria Escócia, além de outras regiões européias. Pois deleite-se com Bolero, de Ravel, executada por Nuñez e a Filarmônica de Galícia.
Ditabranda, é?

Com isso eu tô querendo dizer que essa última da Folha de São Paulo, que num editorial achou de rebatizar o regime militar que traumatizou o Brasil entre 1964 e 1985 chamando de "ditabranda" é mais uma prova dessa cara de pau da chamada grande imprensa brasileira. Sei que muita gente, inclusive da esquerda, é chegada a uma leiturinha fiel da "Folha" e acha que o jornal é mesmo imparcial. Pois isso me faz lembrar o que certa vez me disse o velho Dynéas Aguiar, hoje vice-prefeito de Campos do Jordão, pelo PcdoB: "Se é pra saber o que pensa a burguesia, prefiro ler o Estadão ao invés da Folha. Ele pelo menos é sincero, enquanto a Folha disfarça, dando uma de independente".
Pois é, como diz o Miro Borges, "a máscara caiu em pleno carnaval" e surgiu o lado verdadeiro da Folha que durante a ditadura chegou ao absurdo de ceder suas peruas C-14 para transportar presos políticos que iam ser torturados. Diz o Mauro Santayna que era o "jornal de maior tiragem do país" devido a quantidade de tiras (policiais) infiltrados em suas redações. Sendo assim não poderia pensar que a ditadura militar chegasse a ser um mal tão grande ao povo e ao Brasil, né?
Pois agora tem aí um manifesto circulando na internet de repúdio a esse jornal vagabundo. Minha assinatura é a 2312ª e chamo você pra também botar seu nome na lista de brasileiros que rejeita essa "releitura" da Folha. Se você quiser assinar é só clicar bem aqui e o texto do manifesto é esse aí abaixo.
REPUDIO E SOLIDARIEDADE
Ante a viva lembranca da dura e permanente violencia desencadeada pelo regime militar de 1964, os abaixo-assinados manifestam seu mais firme e veemente repudio a arbitraria e inveridica revisao historica contida no editorial da Folha de S. Paulo do dia 17 de fevereiro de 2009. Ao denominar ditabranda o regime politico vigente no Brasil de 1964 a 1985, a direcao editorial do jornal insulta e avilta a memoria dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratizacao do pais. Perseguicoes, prisoes iniquas, torturas, assassinatos, suicidios forjados e execucoes sumarias foram crimes corriqueiramente praticados pela ditadura militar no periodo mais longo e sombrio da historia polÃtica brasileira. O estelionato semantico manifesto pelo neologismo ditabranda e, a rigor, uma fraudulenta revisao historica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensao das liberdades e direitos democraticos no pos-1964.
Repudiamos, de forma igualmente firme e contundente, a Nota de redacao, publicada pelo jornal em 20 de fevereiro (p. 3) em resposta as cartas enviadas a Painel do Leitor pelos professores Maria Victoria de Mesquita Benevides e Fabio Konder Comparato. Sem razoes ou argumentos, a Folha de S. Paulo perpetrou ataques ignominiosos, arbitrarios e irresponsaveis a atuacao desses dois combativos academicos e intelectuais brasileiros. Assim, vimos manifestar-lhes nosso irrestrito apoio e solidariedade ante as insolitas criticas pessoais e politicas contidas na infamante nota da direcao editorial do jornal. Pela luta pertinaz e consequente em defesa dos direitos humanos, Maria Victoria Benevides e Fabio Konder Comparato merecem o reconhecimento e o respeito de todo o povo brasileiro.
Democracia meio torta

Lendo o artigo “Múltiplas Américas, um só Obama” da professora Cristina Pecequilo, da UNESP, na Revista Princípios, encontrei os detalhes que precisava compartilhar com você. Vamos aos números: Obama obteve 66 milhões de votos, ou seja 53%, enquanto Mccain teve 59 milhões de votos, 47%.
Agora, o curioso é que ao contrário do que todo mundo pode pensar, a eleição nos “Isteites” num tem nada de direta, é na base do Colégio Eleitoral e aí a coisa é bem diferente. Ainda mais que lá o voto é o chamado distrital puro, ou seja, os partidos não elegem seus candidatos proporcionalmente ao percentual de votos que obtiverem, quem tem a maioria dos votos, elege tudo. Quanta democracia, não?
No Colégio Eleitoral dos gringos o Obama teve 365 votos, 68%, enquanto que o Mccain teve 173, 32%. Ta eleito e empossado o Obama, mas se a opinião da população vale alguma coisa, é bom lembrar que ela ta bem dividida.
Independentes

Nem tanto ...

Tudo se sabe....

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Darwin na folia

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Dicas de bom humor, e de saúde

Direita em ação

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Qualé a do Jarbas

Trote é sacanagem!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
ô cabra preu dar valor
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Somos todos iguais

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Brasileiro de Moçambique
Pequeno álbum
Filho da turma
Clouseau???
Lições de onde o sol nasce primeiro
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Lulu e João

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Bambino bobo

Uma mulher de dignidade infinita
"Todos se lembram da imagem do rapaz chinês enfrentando os tanques na Praça Tiananmen, em 1989. A imagem correu o globo, em parte porque interessava ao mundo ocidental mostrar as (mui reais, diga-se) violações dos direitos humanos na China. Os incontáveis heróis populares palestinos -- e, muito especialmente, suas heroínas -- não têm a mesma sorte, dado o interesse das potências ocidentais em esconder sua cumplicidade com a política de limpeza étnica de Israel.
Vejam a determinação com que essa mulher enfrenta, de peito aberto, à frente de uma população desarmada, as baionetas do exército sionista de ocupação. Vejam a determinação nos seus olhos. Vejam como os soldados da ocupação evitam o contato visual, envergonhados, desumanizados pela tarefa de verdugos".
Esse vídeo e o texto acima eu recebi do meu camarada Luis Carlos Paes, presidente do PCdoB de Fortaleza e não ouso acrescentar mais nada, só peço lhe que assista.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
PT tem fé demais
Deputado Chico Lopes (PCdoB/Ce)
Comunista não tem vergonha

Na atualidade, o PCdoB se esforça para desenvolver e aperfeiçoar o marxismo, publica a revista Princípios ininterruptamente desde 1981, interage com expressivas parcelas da intelectualidade e comunidade acadêmica.Tudo isso faz parte da nossa luta por democracia econômica e social, pois só a democracia política não basta para resolver as agruras que o nosso povo ainda enfrenta. Defendemos o socialismo enquanto sistema mais avançado, nos aspectos social, político e econômico. E um socialismo democrático, com as características próprias da cultura e da gente brasileiras.
Essa é a cara do Partido Comunista do Brasil, que sempre esteve na luta e não tem do que se envergonhar".
Esse texto aí de cima é parte dum artigo que o Luiz Carlos Orro, cabra dos mais gente boa que eu conheço na vida e que é o presidente do PCdoB goiano, escreveu pra dar uma resposta a um fela que achou de esculhambar o nosso partido lá pelas bandas de Goiás. Pelo parte dá pra perceber que o todo é bom demais e se você quiser todinho clique bem aqui .
Tempo pra pensar
Um santo!!!

Eita partidin!!!

Agora vamos refrescar a memória. Esse PT é mesmo um partido muito dúbio. Certamente alguém aqui se lembra da eleição de 2007 para a Mesa da Câmara dos Deputados, quando o Chinaglia - ao longo de sua "presidência" na Câmara ganhou um apelido muito parecido com o nome dele, mas muito desabonador - derrotou o Aldo Rebelo por apenas 18 votos. Pois bem, ali havia um acordo pla reeleição do Aldo, firmado com garantias do próprio Lula e o que seu viu? A mesma tropa de choque que agiu pra eleger o Temer Tucano, agiu na época para derrotar o Aldo. Um primor de fidelidade esse PT.
Quem ganha e quem perde
Os PMDBs vão dirigir o Congresso até 2010. Sarney no Senado e Temer na Câmara.Um PMDB apóia o governo Lula desde 2003. O outro é cristão-novo.Um PMDB sofreu ataques imensos da oposição, que queria atingir indiretamente o governo.O outro, até poucos dias, fazia coro com a sanha denuncista da oposição.Um PMDB ganhou a disputa contra a oposição.O outro ganhou a disputa com o apoio da oposição.Um PMDB ganhou contra o PT.O outro acabou de bater a carteira do PT.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
O dono do Congresso?

Sarney, Temer e o novo cacife do PMDB
Dois expoentes peemedebistas se elegeram nesta segunda-feira (2) para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. O resultado monocromático aumenta consideravelmente o cacife da legenda fundada por Ulisses Guimarães.
Os números das votações reforçam esse capital. No Senado, José Sarney (AP) sagrou-se por 49 votos a 32, desmentindo avaliações de última hora de que a disputa se equilibrara com a adesão do PSDB à candidatura do petista Tião Viana (AC). Na Câmara, Michel Temer (SP), candidato de um ''acordão'' que afinal se cumpriu, teve 304 votos, 47 a mais que o mínimo necessário para exorcisar o fantasma do segundo turno.
Somando-se as posições ja ocupadas pelo PMDB na Esplanada dos Ministérios, em governos e legislativos estaduais e municipais, este resultado projeta um novo personagem de primeira grandeza na cena política nacional, ao lado dos pólos do governo e da oposição, inclusive para 2010.
O processo eleitoral confirmou o perfil de ''partido-ônibus'', repositório de alas e grupos heterogêneos. O PMDB-Câmara e o PMDB-Senado agiram cada qual por si. O saldo porém reforça o conjunto da sigla, que daqui por diante será ainda mais disputada. Na sucessão presidencial de 2010 ela tende a ter uma função determinante fiel da balança entre o campo do presidente Lula e o de seus opositores.
Por hipótese, o PMDB poderia até ambicionar um protagonismo ainda maior, caso viesse a reunir vontades políticas e coesão em grau suficiente para apresentar um candidato presidencial próprio. Mais provavelmente, ele permanecerá desempenhando o papel de grande partido de centro com poder de desempate – muitas vezes satirizado, mas na realidade um papel clássico na história das lutas políticas da sociedade humana de dois séculos e pouco para cá.
Os processos eleitorais tanto na Câmara como no Senado escaparam da lógica governo-oposição. A base do governo Lula apresentou-se divivida. E a oposição idem. A diferença é que a base dividiu-se ao disputar as presidências das duas Casas, enquanto a oposição fez as contas e contentou-se com outros cargos nas mesas diretoras.
No caso da Câmara, o ''Blocão'' viabilizou a vitória de Temer – que teve 118 votos a menos do que a soma das bancadas de suas 14 siglas. Ainda assim Ciro Nogueira (PPS-PI) obteve 129 votos graças aos laços que cultiva com um largo espectro de deputados. E Aldo Rebelo (PCdoB-SP) reuniu 76 votos, 27 a mais que o Bloco de Esquerda que lançou sua candidatura (PSB, PCdoB, PMN, PRB).
O Bloco de Esquerda vai continuar atuando dentro e fora da Câmara. Pretende realizar neste mês uma reunião para se reafirmar como um bloco político, reaproximar o PDT, construir um projeto conjunto para o pós-Lula e lançar seus candidatos nas eleições de 2010. Ao contrário de outros blocos que a vida política brasileira tem conhecido, ele não existe em função de uma escaramuça momentânea, mas de uma visão de Brasil que julga importante defender conjuntamente.