quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Trote é sacanagem!

Quando passei no vestibular pra Faculdade de Direito da UFC eu usava um cabelo bem grande (podem acreditar, já fui muito cabeludo mesmo como mostra a foto aí do lado, usada no meu cartão de vestibulando) e não perdi um único fio de cabelo. Aliás, ninguém da minha turma foi vítima dessa coisa imbecil que é o trote. E olhe que eu comemorei muito, até porque fiz duas vezes o vestibulra porque o primeiro foi anulado por fraude e tive que fazer outro um mês depois. Lembro que soube do resultado no chamado "Sábado Gordo" do carnaval de 1982, em plena folia, e só fiz mesmo aumentar a festa. Já na universidade ninguém quis por abaixo minha cabeleira, nem me fez nenhum constrangimento.

Houve um avanço muito grande já que as próprias entidades estudantis resolveram fazer calouradas com eventos culturais e programações acadêmicas, entre outras. Mas infelizmente ainda acontecem muitas barbaridades como os casos recentes em que estudantes ficaram gravemente feridos e outros como o do estudante sino-brasileiro que passou pra Medicina na USp e morreu afogado numa piscina durante um trote.

Vou dizer logo aqui uma coisa, eu sou a favor de uma punição muito severa mesmo. Acho que é caso de polícia e as universidades devem cuidar de evitar essas sacanagens de trote. Aliás o deputado Flávio Dino(PCdoB-Ma), tem um projeto de lei prevendo a criminalização do trote violento e que já tá pronto pra ser votado pela Câmara dos Deputados. Pode até não resolver cem por cento, mas vai dar uma moralizada nessa bandidagem.

O trote, além de ser uma prática, é uma coisa de origem discriminatória, típica das elites, como demonstra o camarada Eron Bezerra num artigo que o Vermelho publicou e eu sugiro que você dê uma lidinha.



Pra que trote?

Todo início de ano a cena se repete, tal qual o nascer e o por do sol diário. Quando a lista dos aprovados nas universidades e faculdades isoladas é divulgada, os novos estudantes – pejorativamente chamados de calouros ou “bicho” – são submetidos a diversos tipos de “trote” pelos “veteranos” desocupados.


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