quarta-feira, 18 de junho de 2008

Samba ou Tango, o Brasil num pode é dançar


A primeira Copa do Mundo que eu lembro de acompanhar foi logo a de 70. Tinha lá meus sete anos e lembro bem direitinho da festa que a gente fazia a cada gol do Brasil. O Ducito, o Veveu e eu demos 19 voltas no quarteirão da Rua Jornalista Deolindo Barreto, onde moramos em Sobral até 1973. Cada gol era uma volta. Eles corriam na frente agitando uma bandeira do Brasil e o pivetinho corria atrás. Eita lembrança boa! Já cheguei ganhando.

Mas depois veio o jejum de 24 anos, até o tetra. E num foi uma escassez qualquer. Aquela onda de “campeão moral” em 1978 foi de lascar. Ainda mais perder pra milicada argentina, que armou um esquema com o Peru pra tirar o Brasil da parada. E em 1982? Ali é que foi. Eita time bonito de se ver jogando. Tinha lá suas porcarias, a começar pelo Valdir Peres no gol e findar pelo Serginho como centroavante. Uma pena mesmo que o Careca tenha se contundido já a caminho da Espanha. Mas ver aquele time jogando, era mesmo um sonho. Confesso que depois disso num vi mais uma seleção que encantasse. Talvez a de 98, na França. Nem o time campeão de 2002 era lá essas coisas, o que não me impediu de fazer umas boas farras.

Bom, mas isso tudo que tô falando é pra chegar no jogo de logo mais contra a Arrrrentina. O Lula Morais, que num desanima nunca, acha que dá pro Brasil ganhar. Pra ele os arrrrentinos num tão com essa bola toda. Quase perderam pro Equador em pleno “Monumental de Nuñez”. Mas eu num acho que aquela turma ali se garante diante dos chamados “hermanos”. Eu vou dizer uma coisa: num sei se é bom perder logo agora, o Dunga se dedicar a apoiar a carreira de estilista da filha dele e o Brasil arrumar um técnico que bote a seleção pra jogar com mais estilo. Ora, se a seleção é composta, ou pelo menos deveria ser, pelos melhores jogadores, num seria razoável que o técnico fosse o melhor? Um dos mais experientes, com títulos acumulados em clubes? E por que o do Brasil é um cabra que NUNCA FOI TÉCNICO NA VIDA? Paciência, né?

Nenhum comentário: