domingo, 22 de junho de 2008

Uma senha pro novo tempo


Já pensou o que é sair do melhor duma festa pra ir pra ir a uma reunião? Pois neste sábado, dia 21, eu tava no restaurante Maria Bonita, no aniversário coletivo do Pedro Albuquerque, Patinhas, Assis Aderaldo e Luiz Teixeira (até em aniversário comunista faz uma atividade coletiva, aí é socialismo, viu?) e tive de sair pruma convenção conjunta do PCdoB e mais oito partidos em São Gonçalo do Amarante. Pois bem, quando um monte de comunista faz festa, um tem que ir pra reunião, ontem fui eu.

Lá fui eu com meu filho Guilherme e meu sobrinho Pedro Vitor como ótimas companhias. Tudo novidade pros dois. São Gonçalo fica pertinho, menos de uma hora, a estrada é muito bonita, a começar pela foz do Rio Ceará (onde nasceu Fortaleza), passa por carnaubais enormes, lagoas e lagamares, muito verde.

Chegamos ao local, muita gente, alguns políticos bem conhecidos, outros ainda se projetando e muita animação. A decoração, além de bandeiras e faixas de partidos e candidatos, tinha um toque de festa junina e muita barraquinha. Programada pras 4 da tarde, a coisa começou mais de 6 e o Guilherme já tava quase sem paciência, mas depois que o fuá teve início ele se animou e curtiu.

Fazia tempo que eu num falava num ato político desses, talvez nem falasse, mas como representante do PCdoB, além do Chico Lopes e do Inácio Arruda, ia ter que dar um plá. O nome da Coligação, encabeçada pelo Cláudio Pinho, do PSB, é Novo Tempo e aí o mote era bom. Quando comecei a falar o Ginásio já tava animado e tratei de manter o pique. Juntei a idéia de passado (tava o Barros Pinho, um cara do PMDB histórico e pai do Cláudio) e presente (uma aliança ampla, necessária para enfrentar uma oligarquia), para construir um futuro melhor pra cidade. E como o candidato é criticado por não ser da cidade, usei esse mote e disse que os grandes projetos que serão implantados no Complexo do Pecém ( Siderúrgica, Refinaria e várias outras empresas) também não são da cidade, mas trarão desenvolvimento, emprego e ajudarão a criar um novo tempo na região toda. Escutei um “muito bem, Inácio”, do Cláudio e a vibração grande no meio da multidão: “é isso mesmo! Viva o Cláudio”. Bom, achei que tava na hora de começar a encerrar e tratei de jogar nas mãos do povo a responsabilidade de ajudar a construir o novo tempo. Agradeci e recebi um forte abraço do futuro prefeito.

Não foi o melhor discurso da noite, mas considerando que na eleição de 2004 o candidato da oposição perdeu porque também num era nativo, imagino que dei uma boa dica pra enfrentar essa polêmica.

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